Airbus desiste das baterias de lítio em seu novo avião
Porta-voz da gigante da aviação garantiu que a decisão não terá impactos no calendário de produção
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 09h49.
Paris - A gigante da aviação Airbus desistiu de equipar seus aviões A350 com baterias de lítio depois que incidentes ainda sem explicação aconteceram com o modelo 787, da concorrente americana Boeing.
A declaração foi feita à AFP por uma porta-voz da empresa, garantindo que a decisão não terá impactos no calendário de produção.
"Neste momento, a origem dos dois incidentes em decorrência das baterias de lítio continua sem explicação. Com o intuito de termos o maior nível de segurança, a Airbus decidiu ativar seu 'plano B' e voltar às baterias de níquel-cádmio que já tinham sido testadas para entrar em serviço no programa A350 XWB (Xtra wide body)", declarou nesta sexta-feira Marcella Muratore.
A representante da empresa ressaltou, contudo, que a fabricante de aviões europeia "confia no fato de que a arquitetura da bateria de lítio desenvolvida com o grupo Saft para o A350 XWB é robusta e segura".
No momento, a Airbus considera que esta decisão é "a melhor forma de avançar no interesse de execução do programa e da garantia do A350 XWB".
Uma fonte ligada à Airbus declarou mais cedo à AFP que a decisão de voltar às baterias de cádmio também foi tomada para "respeitar o calendário do programa", já que a empresa segue convencida de ter fabricado um conceito de bateria de lítio que é "mais protegida" do que o da Boeing.
A Saft, fabricante das baterias de lítio para o modelo A350, não estava imediatamente disponível para comentar a decisão.
No mês passado, dois incidentes envolvendo as baterias de lítio do 787 foram registrados. O primeiro, em 7 de janeiro, na cidade de Boston e outro, dois dias mais tarde, no Japão. Os episódios levaram à interdição, desde 16 de janeiro, dos 50 Boeing 787 em circulação no mundo.
Voos de teste foram feitos desde então, mas as causas do fogo que se propagou na bateria no incidente de Boston ainda não foram determinadas.
Os aviões A350 e B787 são dois modelos de nova geração que usam tecnologias similares, especialmente no que diz respeito à aplicação de materiais compostos e ao uso das baterias de lítio.
Mas se o 787 já é comercializado com esta geração de baterias, o A350 deve entrar em circulação no final de 2014, após um primeiro voo em julho deste ano.
No dia 1º de fevereiro, o PDG da Airbus, Fabrice Brégier, já tinha preparado os ânimos: "Estas baterias são sensíveis. Nós esperamos fazer os devidos ajustes em até um ano", e acrescentou que "nada impede de voltar a uma abordagem tradicional".
Paris - A gigante da aviação Airbus desistiu de equipar seus aviões A350 com baterias de lítio depois que incidentes ainda sem explicação aconteceram com o modelo 787, da concorrente americana Boeing.
A declaração foi feita à AFP por uma porta-voz da empresa, garantindo que a decisão não terá impactos no calendário de produção.
"Neste momento, a origem dos dois incidentes em decorrência das baterias de lítio continua sem explicação. Com o intuito de termos o maior nível de segurança, a Airbus decidiu ativar seu 'plano B' e voltar às baterias de níquel-cádmio que já tinham sido testadas para entrar em serviço no programa A350 XWB (Xtra wide body)", declarou nesta sexta-feira Marcella Muratore.
A representante da empresa ressaltou, contudo, que a fabricante de aviões europeia "confia no fato de que a arquitetura da bateria de lítio desenvolvida com o grupo Saft para o A350 XWB é robusta e segura".
No momento, a Airbus considera que esta decisão é "a melhor forma de avançar no interesse de execução do programa e da garantia do A350 XWB".
Uma fonte ligada à Airbus declarou mais cedo à AFP que a decisão de voltar às baterias de cádmio também foi tomada para "respeitar o calendário do programa", já que a empresa segue convencida de ter fabricado um conceito de bateria de lítio que é "mais protegida" do que o da Boeing.
A Saft, fabricante das baterias de lítio para o modelo A350, não estava imediatamente disponível para comentar a decisão.
No mês passado, dois incidentes envolvendo as baterias de lítio do 787 foram registrados. O primeiro, em 7 de janeiro, na cidade de Boston e outro, dois dias mais tarde, no Japão. Os episódios levaram à interdição, desde 16 de janeiro, dos 50 Boeing 787 em circulação no mundo.
Voos de teste foram feitos desde então, mas as causas do fogo que se propagou na bateria no incidente de Boston ainda não foram determinadas.
Os aviões A350 e B787 são dois modelos de nova geração que usam tecnologias similares, especialmente no que diz respeito à aplicação de materiais compostos e ao uso das baterias de lítio.
Mas se o 787 já é comercializado com esta geração de baterias, o A350 deve entrar em circulação no final de 2014, após um primeiro voo em julho deste ano.
No dia 1º de fevereiro, o PDG da Airbus, Fabrice Brégier, já tinha preparado os ânimos: "Estas baterias são sensíveis. Nós esperamos fazer os devidos ajustes em até um ano", e acrescentou que "nada impede de voltar a uma abordagem tradicional".