Quarenta e nove por cento da Indonesia AirAsia pertencem à AirAsia Bhd, baseada na Malásia, com investidores locais detendo o restante (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de dezembro de 2014 às 13h24.
CINGAPURA/KUALA LAMPUR - A AirAsia foi construída a partir de dois aviões em 2001 para se transformar em uma gigante do setor aéreo que opera mais de 180 aeronaves em pouco mais de uma década, mas agora enfrenta o maior desafio da sua história.
Uma jornada de sonho para a companhia e seu chefe, Tony Fernandes, se transformou em pesadelo neste domingo, quando a Indonesia AirAsia informou que um Airbus 320-200, com 162 pessoas a bordo, desapareceu durante um voo entre a cidade indonésia de Surabaya e Cingapura.
"Este é o meu pior pesadelo. Mas não há como parar", escreveu Fernandes em sua conta no Twitter, que possui quase um milhão de seguidores.
'Eu, como seu presidente-executivo, estarei lá durante todo esse período difícil. Vamos atravessar essa terrível provação juntos." O avião desapareceu depois que os pilotos pediram para mudar o curso para evitar o mau tempo. Autoridades indonésias suspenderam as buscas neste domingo com o cair da noite e irão retomá-las assim que amanhecer.
Quarenta e nove por cento da Indonesia AirAsia pertencem à AirAsia Bhd, baseada na Malásia, com investidores locais detendo o restante.
A presença de Fernandes no Twitter e seu perfil compensaram bastante para a companhia aérea, mas seu envolvimento pessoal provavelmente se tornará um golpe devastador para um homem que tem sido tão identificado com o crescimento de uma das companhias com maior visibilidade do sudeste asiático.
O grupo AirAsia de companhias aéreas teve um registro de segurança praticamente imaculado até este domingo em comparação com concorrentes como Malaysia Airlines e as indonésias Lion Air e Garuda Indonesia, que perderam vários aviões em acidentes ao longo da última década.
"Tony Fernandes e AirAsia são tidos em alta conta na indústria de aviação. A companhia aérea é muito bem-sucedida e tinha um excelente histórico de segurança", disse John Strickland, diretor da JLS Consulting, baseada em Londres.