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Agiplan vira Agibank em guinada para aumentar base de clientes

O grupo que surgiu como financeira em 1999 em Caixas do Sul (RS) tem hoje quase 500 mil clientes

Serviços digitais: "Um IPO (Oferta inicial de ações) não está descartado" (DragonImages/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 17h49.

São Paulo - O gaúcho Banco Agiplan vai dar uma guinada na oferta de serviços digitais, como parte de uma campanha para tentar quintuplicar sua base de correntistas ainda em 2018, processo que envolverá a mudança da marca para Agibank já na próxima semana.

O grupo que surgiu como financeira em 1999 em Caixas do Sul (RS) e ganhou tração após a compra do banco Gerador, em 2016, tem hoje quase 500 mil clientes. A maioria, cerca de 400 mil, são de tomadores de crédito e outros serviços financeiros.

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Para tornar esse público também em correntista, o banco está aderindo ao modelo todo digital para abertura de contas, disse à Reuters o presidente e fundador do agora Agibank, Marciano Testa.

Atualmente, o banco usa um misto de digital com presencial. O cliente já pode usar o número de celular como conta corrente, mas valida o processo em uma das 450 unidades físicas do grupo espalhadas por capitais do país.

Com 3 a 4 funcionários cada, as unidades do banco tem funcionado como uma espécie de correspondente bancário. Embora ofereçam produtos como cartões de crédito e empréstimo pessoal, as agências não operam dinheiro em espécie.

Agora, o processo será 100 por cento digital. O Agibank também está ampliando o leque de produtos, como pagamentos de contas de serviços públicos, investimentos em CDBs e possibilidade de usar a conta para receber salário. Em vez detarifas mensal fixa, o banco vai cobrar as transações uma a uma.

"Apesar disso, vamos manter nosso plano de expansão da nossa rede física; vamos abrir mais 100 neste ano", disse Testa.

É um modelo distinto de fintechs como Banco Inter, Banco Original, ou mesmo o Nubank, que cresceram forte nos últimos anos apoiados exclusivamente numa plataforma digital.

Para Testa, a despeito da rápida migração dos canais físicos para digitais na prestação de serviços financeiros, faz sentido ter um modelo híbrido no Brasil, já que os funcionários das lojas podem tanto ajudar clientes a realizar operações digitais quanto atuarem em relacionamento em venda de produtos.

Em outra frente, o Agibank vai se lançar no serviço de transferência internacional, com uma unidade em San Francisco, na Califórnia, movimento que o executivo classifica como primeiro passo do processo de internacionalização da marca.

O banco pretende abrir mais adiante outras unidades nos EUA, incluindo Florida, e outras geografias com grande concentração de brasileiros, como Japão. O executivo estima que só o envio de valores de brasileiros nos Estados Unidos para cá superam 1 bilhão de dólares por ano.

"Isso aumenta significativamente o potencial de crescimento do negócio", disse Testa.

Em conjunto, essas iniciativas devem consumir investimentos totais de 750 milhões de reais até 2020, período ao fim do qual espera ter elevado sua base de correntistas para 1,6 milhão. Os recursos, diz o executivo, devem vir sobretudo do próprio lucro acumulado do banco.

A meta do Agibank é fechar 2018 com 2,5 bilhões de reais em ativos, o dobro de um ano atrás, 1,7 bilhão de reais de receita, e manter a rentabilidade superior a 45 por cento.

Testa disse que uma decisão sobre captação de recursos no mercado de capitais para ajudar a financiar o crescimento do negócio acontecerá nos próximos meses.

"Um IPO (Oferta inicial de ações) não está descartado", disse.

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