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AES Eletropaulo diz que alta alavancagem é conjuntural

Ele ressaltou que uma quebra dos limites negociados só se configuraria se o patamar de 3,5 vezes fosse ultrapassado por dois trimestres consecutivos


	Energia elétrica: a Eletropaulo e a transmissora Cteep, que eram uma única empresa antes da realização de privatizações no setor, disputavam nos tribunais quem iria pagar o débito
 (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

Energia elétrica: a Eletropaulo e a transmissora Cteep, que eram uma única empresa antes da realização de privatizações no setor, disputavam nos tribunais quem iria pagar o débito (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2015 às 12h59.

São Paulo - A alta alavancagem da distribuidora de energia elétrica AES Eletropaulo é, "em princípio, uma situação conjuntural" causada pelo descompasso entre custos da empresa e tarifas cobradas dos consumidores, afirmou o diretor financeiro Francisco Morandi nesta quinta-feira, durante teleconferência.

A relação entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa está em 3,4 vezes, ante limite de 3,5 vezes negociado com os credores.

"A gente neste momento fica em conversações com os bancos em relação à renovação da dívida e (avaliando) se a gente consegue adiantar algumas negociações de dívidas vencendo em 2016 para 2015", disse Morandi.

Ele ressaltou que uma quebra dos limites negociados só se configuraria se o patamar de 3,5 vezes fosse ultrapassado por dois trimestres consecutivos.

A AES Eletropaulo tem acumulado "altos volumes" de ativos regulatórios, que representam um reconhecimento do órgão regulador de que a companhia tem valores a receber no futuro, disse Morandi, o que deve garantir uma melhoria da situação quando o caixa for normalizado.

Ação Judicial à AES Eletropaulo também informou, em resposta a pergunta de um analista, que não espera para antes do segundo trimestre de 2016 uma decisão sobre disputa judicial em que a Eletrobras cobra da empresa uma dívida estimada em 2,2 bilhões de reais, segundo o diretor jurídico do Grupo AES, Vinícius Oliveira.

A Eletropaulo e a transmissora Cteep, que eram uma única empresa antes da realização de privatizações no setor, disputavam nos tribunais quem iria pagar o débito, bem como o valor da dívida, sendo que neste ano um perito judicial remeteu a conta à distribuidora da AES.

A Eletropaulo não concordou com a definição do perito. "O próximo passo que esperamos que venha a acontecer é que o juiz remeta as manifestações feitas por nós ao perito, para que ele preste esclarecimentos", disse Oliveira.

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