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Adidas enfrenta dificuldades para reestruturar Reebok

A meta da marca, no entanto, é ambiciosa: ultrapassar a Puma, a terceira colocada no segmento de artigos esportivos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A marca de produtos esportivos Reebok quer ultrapassar a rival Puma, terceira colocada no ranking mundial do segmento de artigos esportivos, nos próximos cinco anos. Porém, a companhia está enfrentando uma dura batalha para recuperar a imagem de qualidade e liderança.

Em agosto de 2005, a Adidas comprou a Rebook por cerca de 8,9 bilhões de reais com o objetivo de ampliar seu alcance e ficar à altura da grande concorrente Nike.

No entanto, a marca Reebok não vem dando o resultado esperado. Os seus tênis enfrentaram nos últimos anos uma grande desvalorização, sendo comercializados ao lado de bifes e cervejas nos supermercados.

De acordo com o Financial Times, a Adidas iniciou a maior reforma da história da empresa no ano passado a fim de fazer com que a marca volte a ser referência no segmento esportivo.

No entanto, com o estouro da crise financeira mundial, a situação da companhia se agravou ainda mais. A queda no consumo contribuiu para que a Reebok fechasse o primeiro trimestre de 2009 com um prejuízo operacional de 96 milhões de euros.

Alguns analistas do setor afirmam que essa revisão coordenada pela Adidas pode ser a última chance de salvar a imagem da companhia. Para o analista Christoph Dolleschal, a operação de reestruturação parece nunca ter fim.

Uli Becker, diretor executivo da Reebok, está ciente da pressão do mercado, mas está confiante com as medidas de reforma tomadas. "Pretendemos ser o número três do pódio nos próximos cinco anos".

Segundo Becker, antes da aquisição, a Reebok estava preocupada somente com as vendas da empresa e não se concentrava na marca e qualidade de seus produtos. O plano de reestruturação foca exatamente nesses importantes conceitos esquecidos pela antiga gestão.

“A qualidade e o design dos calçados já estão competitivas novamente. Vamos agora ter de elevar o perfil do consumidor da marca, afirmou Becker.

Após queda de um quinto por ano nas vendas desde que Adidas comprou a empresa, a previsão para 2009 é de que as vendas permaneçam estáveis. Dessa forma, a marca estaria pronta para voltar a crescer no ano que vem.

Para reduzir custos, a empresa integrou recentemente o modelo operacional da Adidas e Reebok com a Ásia, Europa e América Latina. Como consequência, cerca de 300 pessoas perderam o emprego este ano.

"O objetivo é tornar-se tão rentável quanto a Adidas," ressaltou Becker.
 

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