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Adidas corta metas para 2014 por exposição à Rússia e golfe

Companhia também descartou as metas para 2015, culpando um mergulho nas vendas de seu negócio de golfe e a exposição ao fraco mercado russo


	Adidas: ações do grupo alemão chegaram a cair 16 por cento para uma mínima em dois anos
 (Michael Dalder/Reuters)

Adidas: ações do grupo alemão chegaram a cair 16 por cento para uma mínima em dois anos (Michael Dalder/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 10h58.

Berlim - A companhia alemã de artigos esportivos Adidas cortou suas metas para a receita e o lucro neste ano e descartou as metas para 2015, culpando um mergulho nas vendas de seu negócio de golfe e a exposição ao fraco mercado russo.

As ações do grupo alemão chegaram a cair 16 por cento para uma mínima em dois anos nesta quinta-feira, após a companhia revelar planos de inspecionar a TaylorMade, maior fabricante de mochilas, roupas e sapatos de golfe do mundo, e cortar seus investimentos na Rússia, onde fatura cerca de 7 por cento de suas vendas.

A ação da companhia, já afetada pela perda de participação de mercado da empresa para a rival Nike e sua exposição à fraqueza das moedas de mercados emergentes, já acumula queda de quase 36 por cento neste ano.

"O alerta de lucro poderia quase ter sido previsto, mas sua extensão é catastrófica", disse Ingo Speich, gestor de fundos da Union Investment, que é o décimo maior investidor da Adidas, com fatia de 1,2 por cento.

"As condições desfavoráveis não são uma desculpa. A Nike está roubando participação da Adidas em mercados importantes", disse Speich, que frequentemente criticou a liderança da Adidas nos últimos meses, principalmente uma decisão de estender o contrato do presidente-executivo Herbert Hainer até 2017.

A Adidas disse que as vendas cresceram 2 por cento para 3,47 bilhões de euros (4,6 bilhões de dólares) no segundo trimestre, um aumento de 10 por cento em uma base cambial neutra, enquanto o lucro líquido atribuível ficou em 144 milhões de euros, ligeiramente acima da estimativa média entre analistas.

A companhia disse que efeitos cambiais, um gasto maior com marketing para a Copa do Mundo e uma grande queda nas vendas em golfe contrabalançaram um crescimento trimestral de outro modo forte na maioria das categorias e mercados para suas marcas Adidas e Reebok. A companhia espera agora crescimento de um dígito de médio a alto nas vendas para 2014, antes de efeitos cambiais, ante uma meta anterior de um aumento de um dígito alto.

A empresa também projeta lucro líquido de cerca de 650 milhões de euros, em comparação a uma faixa de 830 milhões e 930 milhões de euros anteriormente.

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