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Abilio Diniz negocia para presidir conselho da Brasil Foods

Ele entraria no lugar de Nildemar Secches, responsável pelo crescimento da Perdigão e que costurou a sua fusão com a concorrente Sadia

Abílio Diniz: o empresário comprou recentemente R$ 60 milhões em ações da BRF por meio do fundo Santa Rita  (Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2013 às 15h21.

São Paulo - O empresário Abílio Diniz está negociando um acordo para assumir a presidência do conselho de administração da Brasil Foods (BRF), empresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão.

Ele entraria no lugar de Nildemar Secches, responsável pelo crescimento da Perdigão e que costurou a sua fusão com a concorrente. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, representantes do governo Dilma foram consultados sobre a possível mudança.

No dia 9 de abril, acontecerá a reunião de conselho da BRF, que a cada dois anos discute a troca ou a recondução dos conselheiros da empresa, incluindo seu presidente. O nome de Abílio pode ser apresentado pelos fundos Previ, Petros e Tarpon, os principais sócios da BRF.

Abílio comprou recentemente R$ 60 milhões em ações da companhia por meio do fundo Santa Rita - uma participação ainda insignificante da BRF, mas, segundo fontes próximas à negociação, ele pretende chegar a até R$ 2 bilhões em ações, o equivalente a pouco mais de 5% do valor de mercado da BRF.

Para Abílio, assumir a presidência do conselho da BRF seria uma boa forma de sair da disputa que trava com o sócio francês Casino no Grupo Pão de Açúcar desde junho do ano passado, quando entregou o controle da empresa fundada por seu pai, embora tenha se mantido como presidente do conselho de administração.


Fontes próximas a Nildemar Secches dizem que ele sente que seu papel na Brasil Foods já foi cumprido após a fusão entre Sadia e Perdigão. Secches estaria hoje demonstrando mais entusiasmo com outras funções nos diversos conselhos de administração em que participa. O empresário também não teria mais o mesmo apoio na Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que sofreu uma importante mudança de gestão. Secches era próximo ao ex-presidente do fundo, Sérgio Rosa.

Com 8% de participação na Brasil Foods, o Tarpon vinha demonstrado insatisfação com a atual gestão e é próximo de Abílio - o fundo foi um acionista relevante do Grupo Pão de Açúcar. Se ocorrer, a troca na presidência do conselho de administração da Brasil Foods pode significar uma profunda mudança na gestão da companhia. O atual presidente, José Antonio do Prado Fay, foi escolhido por Secches e é muito ligado a ele.

Os dois maiores acionistas da Brasil Foods são fundos de pensão de empresas estatais. A Previ, fundo dos funcionários do Banco do Brasil, possui 12% da companhia, seguida pela Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás, com 10%. Procurados, Abilio, BRF, Tarpon e Previ não se manifestaram.

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São Paulo - O empresário Abílio Diniz está negociando um acordo para assumir a presidência do conselho de administração da Brasil Foods (BRF), empresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão.

Ele entraria no lugar de Nildemar Secches, responsável pelo crescimento da Perdigão e que costurou a sua fusão com a concorrente. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, representantes do governo Dilma foram consultados sobre a possível mudança.

No dia 9 de abril, acontecerá a reunião de conselho da BRF, que a cada dois anos discute a troca ou a recondução dos conselheiros da empresa, incluindo seu presidente. O nome de Abílio pode ser apresentado pelos fundos Previ, Petros e Tarpon, os principais sócios da BRF.

Abílio comprou recentemente R$ 60 milhões em ações da companhia por meio do fundo Santa Rita - uma participação ainda insignificante da BRF, mas, segundo fontes próximas à negociação, ele pretende chegar a até R$ 2 bilhões em ações, o equivalente a pouco mais de 5% do valor de mercado da BRF.

Para Abílio, assumir a presidência do conselho da BRF seria uma boa forma de sair da disputa que trava com o sócio francês Casino no Grupo Pão de Açúcar desde junho do ano passado, quando entregou o controle da empresa fundada por seu pai, embora tenha se mantido como presidente do conselho de administração.


Fontes próximas a Nildemar Secches dizem que ele sente que seu papel na Brasil Foods já foi cumprido após a fusão entre Sadia e Perdigão. Secches estaria hoje demonstrando mais entusiasmo com outras funções nos diversos conselhos de administração em que participa. O empresário também não teria mais o mesmo apoio na Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que sofreu uma importante mudança de gestão. Secches era próximo ao ex-presidente do fundo, Sérgio Rosa.

Com 8% de participação na Brasil Foods, o Tarpon vinha demonstrado insatisfação com a atual gestão e é próximo de Abílio - o fundo foi um acionista relevante do Grupo Pão de Açúcar. Se ocorrer, a troca na presidência do conselho de administração da Brasil Foods pode significar uma profunda mudança na gestão da companhia. O atual presidente, José Antonio do Prado Fay, foi escolhido por Secches e é muito ligado a ele.

Os dois maiores acionistas da Brasil Foods são fundos de pensão de empresas estatais. A Previ, fundo dos funcionários do Banco do Brasil, possui 12% da companhia, seguida pela Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás, com 10%. Procurados, Abilio, BRF, Tarpon e Previ não se manifestaram.

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