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A história da assessoria de investimentos Drive Capital pode inspirar quem quer empreender

Segundo o Sebrae, cerca de 93 milhões de brasileiros estão envolvidos no empreendedorismo, enquanto o mercado financeiro aumenta a previsão de crescimento do PIB de 2023 para 0,85%

Sentados, Clara Lerco e Fábio Fonseca; em pé, da esquerda para a direita, Eduardo Pinho, Fábio Graziano, Lucca Guizardi, Lucio Massa Vieira e Fernando Ricciarelli, sócios da Drive Capital: ambição de ter sob custódia 7 bilhões de reais de clientes (Divulgação/Divulgação)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 7 de julho de 2023 às 12h55.

Última atualização em 7 de julho de 2023 às 12h56.

Conhecer a fundo o momento do ciclo econômico permite que as empresas adaptem suas estratégias e naveguem pelo período na direção certa. Foi com o BTG Pactual que a Drive Capital escolheu rumar seus negócios.

O escritório ancorou há pouco mais de um ano no maior banco de investimentos da América Latina (do mesmo grupo de controle da EXAME).

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A história de um dos sócios-fundadores, Eduardo Pinho, com o banco, entretanto, começa em 2006, quando a Pactual foi adquirida pelo suíço UBS.

Os momentos eram outros — do banco e do próprio Eduardo. “O conhecimento do mercado vem de sua experiência como assessor, mas também das passagens e momentos distintos de vida”, explica. “Por isso acho muito importante trabalhar com um banco onde muitas pessoas tem quinze, vinte anos de casa. Só quem passou por problemas parecidos pode nos ajudar com as demandas que levamos ao banco”.

O maremoto provocado pela crise econômica de 2008 fez com que Eduardo perdesse muitos clientes, mas seu momento pessoal acabou influenciando ainda mais em seu rendimento. “Tinha começado a morar sozinho há pouco tempo. Aí, cheguei na Pactual, que era o maior banco de investimento, com a junção do UBS, o maior banco suíço. Dá sim uma ‘deslumbrada’”, assume.

A jornada do sócio mudaria a partir da sua demissão, em setembro do mesmo ano. “Precisei ficar desempregado para me reconectar comigo mesmo e com a minha família”.

Pilotar o barco durante as intempéries foi importante, mas não tudo — Eduardo ressalta a importância de ter trabalhado como assistente. “Hoje muitos começam direto como assessores. Ter essa experiência é fundamental, é muito importante saber o que acontece na ‘cozinha’, como as coisas funcionam por trás da sua função”, diz.

A fórmula parece ter dado certo: a Drive Capital foi uma das ganhadoras do BTG Summit de 2023, com um dos NPS mais altos da rede, evidenciando a satisfação dos clientes. “Conquistamos o prêmio graças à presença que o banco oferece aos escritórios plugados. Estão sempre remando com a gente”.

Prático de navios

Com pais radicados em São Sebastião, em São Paulo, Eduardo aproveitou sua familiaridade com o mar para explicar como foi seu retorno ao BTG Pactual. “Lembrei dos práticos de navio”, diz.

Comum em cidades portuárias, o prático de navios são “guias” que conhecem as águas por onde navegam, suas regras, riscos e peculiaridades. É ele quem entra em um navio recém-chegado e o ajuda a transitar com segurança e de forma organizada.

“Foi um pouco do que aconteceu aqui: no dia um, às oito horas da manhã, tinha equipe do banco aqui na Drive ajudando a gente, dando conforto, acolhendo. Tivemos a certeza de termos tomado a decisão certa”, diz.

Em família

O perfil dos futuros assessores e sócios da Drive está traçado desde já. “Que todo mundo seja especialista”, diz.

“A gente lida com uma coisa muito importante, que é o dinheiro da pessoa. Estamos falando, muitas vezes, da construção de uma vida. Para o sócio da Drive, que tem entre os clientes familiares, pais e mães de amigos, a meta é simples — tratar os investidores com o mesmo carinho e cuidado que dedica ao patrimônio da própria família.

“Costumo brincar que se não responder a ligação ou e-mail em dez minutos, já pode começar a se preocupar, pois algo aconteceu comigo”.

Próximas navegações

A Drive Capital sabe onde quer chegar enquanto modelo de negócio — e, principalmente, onde não quer.

“A Drive não será aquela assessoria com cinquenta filiais espalhadas pelo interior e um número enorme de assessores”, diz Eduardo Pinho, sócio-fundador da assessoria de investimentos e responsável pelo relacionamento com os investidores.

“Meu sonho para os próximos cinco anos é ter algo entre 6 a 7 bilhões de reais sob gestão, com no máximo 20 assessores, e todos com carteiras e participações societárias importantes. Além disso, queremos ser um hub de serviços financeiros, onde os clientes serão tratados de forma customizada”, diz Pinho.

E ele conclui os próximos planos: “Crescer de forma enxuta, com qualidade de serviço, desenvolvendo proximidade com os clientes, que foi exatamente o que construímos até hoje, e queremos levar para o nosso futuro”.

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