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A fórmula

Crescimento sustentado por lucros, renovação dos produtos e disseminação de uma cultura de resultados são prioridades da estratégia atual de Ghosn para manter a Nissan entre as montadoras mais rentáveis do mundo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

PÉ NO ACELERADOR

A Nissan andava devagar na renovação da linha de produtos. Para acelerar o ritmo, o investimento em novos carros passou de 1,9 bilhão de dólares em 1999 para 3 bilhões neste ano. Em 2002, a Nissan bateu seu recorde histórico de lançamentos: 12, entre eles o compacto March, produzido na fábrica de Oppama e atualmente o carro mais vendido da marca no Japão.

CHEGA DE DESCONTOS

Quatro anos atrás, para empurrar as vendas no mercado americano, a Nissan oferecia desconto de 3 500 dólares num modelo da sua marca de luxo Infiniti. Os incentivos dados pela Mercedes, uma das principais concorrentes na categoria, não passavam de 1 000 dólares por carro. A ordem de Ghosn: fugir da guerra de preços e obter lucro em cada produto vendido. Hoje, a média de descontos da Infiniti baixou para 700 dólares, enquanto Mercedes e Toyota-Lexus concedem perto de 3 000.

QUESTÃO DE ESTILO

Na nova fase da Nissan, o design tem papel-chave. Com equipes multinacionais no Japão, na Europa e nos Estados Unidos, os centros de criação da Nissan estão resgatando a imagem da marca com produtos de estilo mais agressivo. Um exemplo é o esportivo conversível 350Z, uma reedição do clássico Datsun 240Z, dos anos 70, que se tornou um sucesso no mercado americano.

SELEÇÃO POR RESULTADOS

Ghosn mudou a cultura da Nissan do emprego vitalício para a busca de resultados. É esse o principal critério que ele está usando para selecionar os futuros ocupantes de 30 cargos da alta administração da empresa. O desempenho de 500 candidatos potenciais -- uma lista que deve aumentar para 1 000 -- diante de desafios crescentes é constantemente avaliado.

PLANO DO MILHÃO

No seu segundo plano para a montadora, iniciado há um ano, Ghosn fixou a meta de aumentar as vendas anuais em 1 milhão de carros até 2005. Para isso, além de reforçar a participação nos mercados tradicionais, aposta no crescimento em países emergentes, como a China e o Brasil, onde a Nissan acaba de lançar a picape Frontier cabine simples.

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