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A esperança da Amazon está na nuvem

Criado em 2006, o Amazon Web Services oferece serviços na nuvem e é a divisão que mais cresce na companhia

Amazon: criado em 2006, o Amazon Web Services oferece serviços na nuvem e é a divisão que mais cresce (Simon Dawson/Bloomberg)

Karin Salomão

Publicado em 24 de abril de 2015 às 15h58.

São Paulo - O negócio da Amazon que mais cresce não é o varejo. Seus serviços na nuvem e servidores cresceram 49% no último ano e podem ser a divisão mais rentável da companhia.

Criado em 2006, o Amazon Web Services oferece serviços a empresas para sincronizar, analisar e armazenar dados, receber e enviar notificações e criar aplicativos.

Até agora, os números do segmento ficavam camuflados sob a categoria de “outros” no balanço da varejista. Pela primeira vez, a Amazon divulgou o faturamento de seu negócio de computação na nuvem .

Enquanto a companhia registrou prejuízo de US$ 57 milhões no primeiro trimestre deste ano, a AWS lucrou 265 milhões de dólares e foi responsável por uma receita de 1,5 bilhão de dólares no mesmo período – crescimento de 49% em um ano. Nos últimos 12 meses, as receitas bateram 5,2 bilhões de dólares.

“Amazon Web Services é um negócio de 5 bilhões de dólares e está crescendo rapidamente – de fato, está acelerando”, disse Jeff Bezos, presidente da companhia, em comunicado.

“Nascido há dez anos, AWS é um bom exemplo de como nos aproximamos de ideias e assumimos riscos na Amazon”, afirmou.

A divisão ainda é pequena, correspondendo a apenas 7% das receitas totais. Mas pode se mostrar bem importante no futuro. No ano passado, o diretor da AWS, Andy Jassy afirmou ao Wall Street Journal que a divisão poderia se tornar maior até que o varejo.

O que é

Lançado em 2006, tem mais de um milhão de consumidores. Entre eles, estão mais de 600 agências governamentais em todo o mundo – inclusive a CIA. Segundo a Synergy Research, ele detém mais de 27% do mercado.

A lista de clientes do serviço é vasta: Spotify, Dropbox, Netflix, Pinterest, Airbnb e Uber colocam parte ou a totalidade de suas plataformas no servido na nuvem da Amazon.

Uma das atualizações recentes, a Amazon Machine Learning analisa os dados dos clientes automaticamente, reduzindo a rotatividade dos consumidores. Outra função também facilita a criação de aplicativos para a “internet das coisas”.

Em conferência, o presidente disse que os consumidores continuavam a usar AWS, apesar da concorrência com serviços similares da Microsoft, IBM e Google. Até o Alibaba entrou no mercado, tendo recentemente aberto um centro de computação no Vale do Silício.

É comum que as startups consideradas valiosas do mercado sejam compradas por outras companhias gigantes. Aconteceu isso com o app israelense Waze, comprado pelo Google , e também com o WhatsApp , vendido ao Facebook por 19 bilhões de dólares. E apesar do valor do app ter surpreendido muitos investidores, ele ainda nem se compara à maior compra já feita por uma empresa de tecnologia. Pensando nisso, a empresa norte-americana Market Domination Media criou um infográfico com as 10 maiores aquisições já feitas no mundo da tecnologia. Veja a seguir:
  • 2. 10º SunMicrosystems, comprada pela Oracle

    2 /11(Justin Sullivan/Getty Images)

  • Veja também

    Valor da compra: US$ 7,4 bilhões Data da aquisição: 27 de janeiro de 2010 Valor de ação da Oracle: US$ 43,55 (cerca de R$ 130) * * valores baseados nas ações fechadas em 22/04/2015 * fonte: The New York Stock Exchange (NYSE)
  • 3. 9º Skype, comprado pela Microsoft

    3 /11(AFP)

  • Valor da compra: US$ 8,5 bilhões Data da aquisição: 13 de outubro de 2011 Valor de ação da Microsoft: US$ 42,99 (cerca de R$ 130) * * valores baseados nas ações fechadas em 22/04/2015 * fonte: NasdaqGS
  • 4. 8º Autonomy, comprada pela HP

    4 /11(David Paul Morris/Bloomberg)

    Valor da compra: US$ 10,24 bilhões Data da aquisição: 3 de outubro de 2011 Valor de ação da HP: US$ 33,51 (cerca de R$ 100) * * valores baseados nas ações fechadas em 22/04/2015 * fonte: The New York Stock Exchange (NYSE)
  • 5. 7º PeopleSoft, comprada pela Oracle

    5 /11(Noah Berger/ Bloomberg News)

    Valor da compra: US$ 10,3 bilhões Data da aquisição: 13 de dezembro de 2004 Valor de ação da Oracle: US$ 43,55 (cerca de R$ 130) * * valores baseados nas ações fechadas em 22/04/2015 * fonte: The New York Stock Exchange (NYSE)
  • 6. 6º Motorola Mobility, comprada pelo Google

    6 /11(Getty Images)

    Valor da compra: US$ 12,5 bilhões Data da aquisição: 22 de maio de 2012 Valor de ação do Google: US$ 539,36 (cerca de R$ 1 600) * * valores baseados nas ações fechadas em 22/04/2015 * fonte: NasdaqGS
  • 7. 5º Veritas Software, comprada pela Symantec

    7 /11(Wikimedia Commons)

    Valor da compra: US$ 13,5 bilhões Data da aquisição: 2 de julho de 2005 Valor de ação da Symantec: US$ 24,36 (cerca de R$ 70) * * valores baseados nas ações fechadas em 22/04/2015 * fonte: NasdaqGS
  • 8. 4º Electronic Data Systems Corp, comprada pela HP

    8 /11(Mikerussell/ Wikimedia Commons)

    Valor da compra: US$ 13,9 bilhões Data de aquisição: 13 de maio de 2008 Valor de ação da HP: US$ 33,51 (cerca de R$ 100) * * valores baseados nas ações fechadas em 22/04/2015 * fonte: The New York Stock Exchange (NYSE)
  • 9. 3º Compaq, comprada pela HP

    9 /11(Richard Sheinwald/ Bloomberg News)

    Valor da compra: US$ 18,6 bilhões Data da aquisição: 3 de setembro de 2001 Valor de ação da HP: US$ 33,51 (cerca de R$ 100) * * valores baseados nas ações fechadas em 22/04/2015 * fonte: The New York Stock Exchange (NYSE)
  • 10. 2º WhatsApp, comprado pelo Facebook

    10 /11(Reprodução)

    Valor da compra: US$ 19 bilhões Data da aquisição: 19 de fevereiro de 2014 Valor de ação do Facebook: US$ 84,63 (cerca de R$ 250) * * valores baseados nas ações fechadas em 22/04/2015 * fonte: NasdaqGS
  • 11. 1º Time Warner, comprado pela AOL

    11 /11(Divulgação/Time Warner)

    Valor da compra: US$ 106 bilhões Data da aquisição: 10 de janeiro de 2000 Valor de ação do Facebook: US$ 40,77 (cerca de R$ 120) * * valores baseados nas ações fechadas em 22/04/2015 * fonte: The New York Stock Exchange (NYSE)
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