A aquisição da Brasil Kirin pela Heineken em números
Com a compra, a companhia holandesa passa a ser a segunda maior fabricante de cervejas do mercado brasileiro, atrás da Ambev
Karin Salomão
Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 10h59.
Última atualização em 13 de fevereiro de 2017 às 11h49.
São Paulo – A Heineken anunciou hoje, 13, a aquisição da Brasil Kirin , dona da Schin e Devassa. Com a compra, a companhia holandesa passa a ser a segunda maior fabricante de cervejas do mercado brasileiro, atrás da Ambev.
Confira os principais dados da operação no gráfico abaixo.
Em comunicado, a Heineken afirmou que o portfólio da Brasil Kirin é complementar ao seu negócio de cervejas e possibilitará o crescimento de marcas como Schin, Bavaria, Kaiser, Amstel e Devassa.
A Brasil Kirin também tem uma presença forte no Norte e Nordeste, regiões onde a Heineken tem uma participação menor.
De acordo com a Euromonitor, "a aquisição poderia dobrar o tamanho das operações no país, criando uma plataforma ainda maior para marcas premium".
Por causa de problemas na operação brasileira, o grupo japonês Kirin Holdings registrou o primeiro prejuízo da sua história em 2015. A brasileira inicialmente buscava vender ativos e em julho do ano passado vendeu uma fábrica para a Ambev.
Os riscos brasileiros e o mercado competitivo e estagnado eram “limitações” para tornar a Brasil Kirin rentável, afirmou a empresa.
História das marcas
A cervejaria Heineken surgiu em 1864, quando o holandês Gerard Adriaan Heineken adquiriu uma pequena cervejaria em Amsterdã e adotou o método alemão de baixa fermentação para fazer suas cervejas.
Em 1968, assumiu a Amstel. Hoje, tem mais de 250 marcas. Ela chegou ao Brasil em 2010, quando adquiriu a divisão de cerveja do Grupo FEMSA.
Já a história da Brasil Kirin começou em 1939, quando a Schincariol iniciou a produção do refrigerante Itubaína em Itu, SP. Em 1989, a empresa lançou a primeira cerveja, a Schincariol.
Em 2007, comprou as cervejarias Devassa e Baden Baden, de Campos de Jordão (SP). No ano seguinte, comprou a Eisenbahn, de Blumenau (SC), e a marca de cervejas Cintra.
A japonesa Kirin Holdings Company adquiriu o controle acionário pleno da Schincariol em 2011. O nome Brasil Kirin foi divulgado em 2012. Na ocasião, o grupo japonês pagou cerca de US$ 3,9 bilhões pela companhia brasileira, que era a 2a maior em participação de mercado. No entanto, o negócio perdeu espaço e a depreciação do real elevou os custos da operação.
A controladora, Kirin Holdings Company, surgiu como Japan Brewery Co., em Yokohama no Japão em 1885. A cerveja Kirin Beer foi lançada em 1888.
A conclusão da aquisição está sujeita às aprovações regulatórias habituais e está prevista para o primeiro semestre de 2017.