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83% dos executivos brasileiros se preocupam com corrupção

Corrupção e suborno foram citados como ameaça aos negócios por 83% dos executivos brasileiros em pesquisa


	Corrupção: corrupção e suborno foram citados como ameaça aos negócios por 83% dos executivos brasileiros
 (Getty Images)

Corrupção: corrupção e suborno foram citados como ameaça aos negócios por 83% dos executivos brasileiros (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2016 às 16h03.

Corrupção e suborno foram citados como ameaça aos negócios por 83% dos executivos brasileiros ouvidos na pesquisa anual da PricewaterhouseCoopers (PwC) com chefes de empresas de todo o mundo.

O custo da energia apareceu em segundo lugar, mencionado por 74% dos entrevistados no Brasil, e a falta de confiança na atividade empresarial ficou em terceiro, apontado por 67%. As médias globais para cada um desses itens foram 55%, 52% e 55%.

Só 24% dos executivos brasileiros dizem confiar no crescimento de suas empresas neste ano.

A média mundial é 35%. Além disso, apenas um terço dos dirigentes brasileiros afirma acreditar em mais oportunidades de crescimento hoje do que há três anos.

Novamente o número dos confiantes ficou bem abaixo da média mundial, 60%.

A sondagem foi realizada em 83 países com 1.409 executivos principais de empresas.

A divulgação da pesquisa pelo presidente mundial da PwC, Dennis M. Nally, é um tradicional evento paralelo à reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos e ocorreu nesta terça-feira, 19, pela 19ª vez.

O excesso de regulação foi indicado por 79% dos entrevistados em todo o mundo como a principal ameaça econômica, política e social ao crescimento das empresas.

Apareceram em seguida a incerteza geopolítica (74%), a instabilidade cambial (73%), a escassez de habilidades essenciais (72%), a resposta dos governos ao déficit fiscal e ao endividamento público (71%).

Peso dos impostos, instabilidade social, riscos cibernético, mudanças do consumidor, falta de confiança nas empresas e problemas climáticos e ambientais completaram a lista, apontados por menos de 70% dos dirigentes de empresa.

O último item, mudança climática e danos ambientais, foi mencionado por apenas 50% dos entrevistados como ameaça relevante.

Os executivos brasileiros mostraram-se mais otimistas que os demais na avaliação da economia mundial, mas bem menos animados quando responderam sobre as perspectivas de seu país e de suas empresas.

O crescimento global deverá ser maior neste ano, segundo 39% dos brasileiros. Quando se considera a média geral das avaliações, essa opinião foi expressa por apenas 27% dos consultados.

Para os brasileiros, os países mais importantes para a expansão de seus negócios neste ano são os Estados Unidos (59%), a China (39%) e a Argentina (20%).

O pessimismo dos brasileiros também se manifesta quando expõem seus planos para 2016. Quase todos os consultados (93%) disseram ter planos de redução de custos neste ano.

Na media mundial, essa resposta foi apresentada por 68% dos executivos.

Além disso, apenas 35% dos brasileiros indicaram a intenção de aumentar seus quadros de pessoal neste ano (contra 68% globalmente) e 30% disseram-se dispostos a demitir (média geral, 21%).

Esses dados parecem confirmar a expectativa, declarada por vários economistas nas últimas semanas, de aumento do desemprego nos próximos meses.

A taxa de desocupação, 9% no trimestre encerrado em outubro, poderá chegar a 10% ou mesmo 11% de acordo com avaliações desses analistas nos últimos dias.

Segundo 98% dos brasileiros, o governo foi incapaz de implantar um sistema tributário claro, estável e eficiente. Para 91%, o governo falhou na criação de uma força de trabalho capacitada e adaptável. Para 76%, um sistema tributário estável é mais importante que alíquotas baixas e impostos.

Embora menos que no Brasil, a preocupação com suborno e corrupção também tem crescido em outros países, Na média mundial, esse item foi apontado como um problema importante por 41% dos consultados em 2013. Essa parcela chegou a 52% em 2014, 51% em 2015 e 55% na sondagem de 2016.

Os dez países apontados como os mais atraentes (além do próprio) para investimentos foram Estados Unidos (39%), China (34%), Alemanha (19%), Reino Unido (11%), Índia (9%), Brasil (8%), Japão (5%), Rússia (5%), México (5%) e Emirados Árabes Unidos (5%).

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