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615 trabalhadores deixam Volkswagen de Taubaté por meio de PDV

Como incentivo para deixar a empresa, os funcionários receberam entre 25 e 35 salários

Volkswagen: a empresa havia informado em novembro que pretendia demitir mais 3 mil funcionários no país (REUTERS/Nacho Doce)

Volkswagen: a empresa havia informado em novembro que pretendia demitir mais 3 mil funcionários no país (REUTERS/Nacho Doce)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de janeiro de 2017 às 18h03.

São Paulo - Um acordo feito entre a Volkswagen e seus trabalhadores resultou na demissão voluntária de 615 deles na fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo, conforme informou nesta quarta-feira, 25, o sindicato dos metalúrgicos da cidade. Como incentivo para deixar a empresa, os funcionários receberam entre 25 e 35 salários, a depender do tempo de casa.

O programa de demissão voluntária, que começou no fim de dezembro e terminou em janeiro, foi uma das condições impostas pelo sindicato no início de dezembro para que os trabalhadores aceitassem ficar sem reajuste salarial em 2016 e sem aumentos acima da inflação entre 2017 e 2022. Em contrapartida, a empresa se comprometeu a não demitir ninguém nesse período.

Na época, o sindicato considerou o acordo positivo, "já que o País passa por uma turbulência econômica e política". As 615 demissões voluntárias anunciadas hoje representam uma diminuição de 15% na força de trabalho da fábrica de Taubaté, que contava, até então, com cerca de 4 mil funcionários.

A Volkswagen, que tem quatro fábricas espalhadas pelo Brasil e cerca de 18 mil trabalhadores no total, havia informado em novembro que pretendia demitir mais 3 mil funcionários em suas operações no País ao longo de um período de cinco anos, começando em 2016. Mas os desligamentos, ressaltou a empresa à época, já estão previstos nas negociações de acordos coletivos com os sindicatos de cada região.

No Brasil, onde a venda de veículos enfrenta uma queda acumulada de quase 50% desde 2013, a Volkswagen foi a que mais perdeu participação de mercado nos segmentos de automóveis e comerciais leves. No fim de 2012, a marca ocupava a segunda posição na preferência dos brasileiros, com 21,1% de participação. Em 2016, a fatia da montadora caiu para 11,5%, ficando na terceira colocação.

O setor como um todo terminou o ano passado com queda de 20,2% nas vendas, para 2,05 milhões de unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Para este ano, a expectativa é de crescimento de 4%, para 2,13 milhões de unidades.

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