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5 razões que deixam a OGX perto do calote, segundo a Moody's

Dívida em alta, caixa menor e produção incerta são algumas das razões que preocupam a agência de classificação de risco

Moody's rebaixou mais uma vez ratings da OGX em julho (VEJA SÃO PAULO)

Daniela Barbosa

Publicado em 16 de julho de 2013 às 11h49.

São Paulo – Na última segunda-feira, a Moody’s , agência de classificação de risco, rebaixou os ratings da OGX de Caa2 para Ca, com perspectiva negativa. A baixa é a segunda em menos de 15 dias e deixa a petroleira de Eike Batista cada vez mais perto do calote.  De acordo com relatório, o rebaixamento foi impulsionado, entre outros fatores, pela diminuição da expectativa de que Eike consiga injetar 1 bilhão de dólares na companhia até abril do próximo ano.

A incerteza do investimento bilionário, no entanto, não foi o único problema que contribuiu para a queda dos ratings. “A recente saída de todos os membros independentes do conselho da OGX também”, disse Gretchen French, vice-presidente da Moody’s, em nota.  Veja, a seguir, cinco fatores que colocam a petroleira de Eike mais próxima do calote, segundo a agência de classificação de risco:

Injeção de US$ 1 bilhão

Há mais de um ano, a OGX enfrenta constante descontentamento do mercado. A fim de melhorar a imagem da companhia, em outubro do ano passado, Eike concordou em comprar 1 bilhão de dólares em ações da petroleira a 6,30 reais. O acordo precisa ser cumprido até abril de 2014. Para a Moody’s, está cada vez mais incerto se o empresário vai conseguir fazer o investimento.

Dívida que cresce

A dívida com empréstimos e financiamentos da petroleira somava no final do primeiro trimestre do ano quase 8 bilhões de reais, boa parte do montante com vencimento no longo prazo. Segundo a agência de risco, a alta alavancagem financeira da OGX é outro fator que chama a atenção e reflete o momento delicado vivido pela companhia de Eike.

Caixa que encolhe

A dívida bilionária da OGX não seria problema se o caixa da empresa conseguisse suportar seu crescimento. Segundo balanço do primeiro trimestre de 2013, enquanto os empréstimos e financiamentos somavam quase 8 bilhões de reais, o caixa da companhia acumulava pouco mais de 2,5 bilhões de reais, 30% a menos na comparação com o trimestre anterior.

Produção que cai

Para a Moody’s, a dúvida sobre a capacidade de produção da OGX é outro ponto preocupante. No início do mês, a petroleira anunciou a inviabilidade de continuar explorando três poços localizados em Tubarão Azul, na Bacia de Campos. A companhia, que tinha por hábito, divulgar metas de produção sempre no teto máximo das estimativas, anunciou recentemente que desistiu de fazer projeções.

Governança corporativa em xeque

A saída de cinco dos nove membros do conselho de administração da OGX em menos de um mês também gerou mal-estar, segundo a Moody’s. Em meados de junho, companhia anunciou a saída dos ex-ministros Pedro Malan e Rodolpho Tourinho, e da ex-presidente do STF, Ellen Gracie, do seu conselho. Na última semana, a saída de Samir Zraick e Luiz do Amaral de França Pereira foi comunicada.

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São Paulo – Na última segunda-feira, a Moody’s , agência de classificação de risco, rebaixou os ratings da OGX de Caa2 para Ca, com perspectiva negativa. A baixa é a segunda em menos de 15 dias e deixa a petroleira de Eike Batista cada vez mais perto do calote.  De acordo com relatório, o rebaixamento foi impulsionado, entre outros fatores, pela diminuição da expectativa de que Eike consiga injetar 1 bilhão de dólares na companhia até abril do próximo ano.

A incerteza do investimento bilionário, no entanto, não foi o único problema que contribuiu para a queda dos ratings. “A recente saída de todos os membros independentes do conselho da OGX também”, disse Gretchen French, vice-presidente da Moody’s, em nota.  Veja, a seguir, cinco fatores que colocam a petroleira de Eike mais próxima do calote, segundo a agência de classificação de risco:

Injeção de US$ 1 bilhão

Há mais de um ano, a OGX enfrenta constante descontentamento do mercado. A fim de melhorar a imagem da companhia, em outubro do ano passado, Eike concordou em comprar 1 bilhão de dólares em ações da petroleira a 6,30 reais. O acordo precisa ser cumprido até abril de 2014. Para a Moody’s, está cada vez mais incerto se o empresário vai conseguir fazer o investimento.

Dívida que cresce

A dívida com empréstimos e financiamentos da petroleira somava no final do primeiro trimestre do ano quase 8 bilhões de reais, boa parte do montante com vencimento no longo prazo. Segundo a agência de risco, a alta alavancagem financeira da OGX é outro fator que chama a atenção e reflete o momento delicado vivido pela companhia de Eike.

Caixa que encolhe

A dívida bilionária da OGX não seria problema se o caixa da empresa conseguisse suportar seu crescimento. Segundo balanço do primeiro trimestre de 2013, enquanto os empréstimos e financiamentos somavam quase 8 bilhões de reais, o caixa da companhia acumulava pouco mais de 2,5 bilhões de reais, 30% a menos na comparação com o trimestre anterior.

Produção que cai

Para a Moody’s, a dúvida sobre a capacidade de produção da OGX é outro ponto preocupante. No início do mês, a petroleira anunciou a inviabilidade de continuar explorando três poços localizados em Tubarão Azul, na Bacia de Campos. A companhia, que tinha por hábito, divulgar metas de produção sempre no teto máximo das estimativas, anunciou recentemente que desistiu de fazer projeções.

Governança corporativa em xeque

A saída de cinco dos nove membros do conselho de administração da OGX em menos de um mês também gerou mal-estar, segundo a Moody’s. Em meados de junho, companhia anunciou a saída dos ex-ministros Pedro Malan e Rodolpho Tourinho, e da ex-presidente do STF, Ellen Gracie, do seu conselho. Na última semana, a saída de Samir Zraick e Luiz do Amaral de França Pereira foi comunicada.

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