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5 medidas do Magazine Luiza para enfrentar a crise

Cortes de custos, parceria de crédito, aplicativos e negociações com fornecedores são algumas das ações da varejista


	Magazine Luiza: Cortes de custos, parceria de crédito, aplicativos e negociações são algumas das ações da varejista
 (Luísa Melo/Exame.com)

Magazine Luiza: Cortes de custos, parceria de crédito, aplicativos e negociações são algumas das ações da varejista (Luísa Melo/Exame.com)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 10 de novembro de 2015 às 13h47.

São Paulo - Ao mesmo tempo em que anunciou prejuízo de 19,1 milhões de reais no terceiro trimestre, o Magazine Luiza também divulgou medidas que está tomando para melhorar as contas.

Em nove meses do ano, o prejuízo chega a 13,2 milhões de reais. No mesmo período do ano passado, o lucro foi de 89,3 milhões de reais. A receita líquida atingiu 2,082 bilhões no trimestre, queda de 12,9%, causada principalmente pela diminuição nas vendas.

Apesar disso, a companhia está bastante otimista. A Black Friday, que ocorre no dia 27 de novembro, "deve ter um volume de vendas melhor até que o natal", afirmou Silva.

Cortes de custos, parceria de crédito, aplicativos e negociações com fornecedores são algumas das ações que a varejista tomou durante todo o ano, para enfrentar o momento de diminuição no consumo.

“Ninguém faz esses ajustes finos em época de bonança”, afirmou o CEO do Magazine Luiza, Marcelo Silva, em entrevista a EXAME.com após a divulgação de resultados. “Queremos sair dessa crise melhor do que entramos”.

Parceria para crédito

A diminuição da oferta de crédito e empréstimos pessoais, feita pela Luizacred, também impactou os resultados da varejista. Com uma política de crédito mais conservadora, "clientes em potencial ficaram de fora”, afirmou o CEO.

Por isso, o Magazine Luiza firmou um acordo operacional com o banco Losango, que irá fornecer crédito direto ao consumidor (CDC) àqueles que não forem aprovados pelo Luizacred.

Assim, a empresa não perde a oportunidade de compra, mas também não se envolve com o risco maior do crédito. Lançado em outubro, a parceria com a Losango já é responsável por 3% a 5% das vendas nas lojas físicas.

Comércio eletrônico fortalecido

Apesar da queda de 13,2% nas receitas brutas, o comércio eletrônico conseguiu crescer 9,2% no período, respondendo por 22% do faturamento total

Nesse ritmo, em 5 anos o comércio eletrônico poderá corresponder a mais de 40% das vendas da varejista. “Mas o nosso objetivo é crescer tanto em lojas físicas quanto no e-commerce. É o cliente que decide onde e como quer comprar”, afirmou o CEO.

Lojas mais conectadas

Um dos objetivos da companhia é integrar todos os seus canais: lojas físicas, televendas, comércio eletrônico, entre outros.

Para aumentar a interatividade até nas lojas físicas, a varejista também criou um espaço em suas lojas, onde os clientes podem tocar, testar e experimentar os produtos eletrônicos.

Até o final de 2015, serão 180 lojas com o novo mobiliário, que deverá ser aplicado em todas as 780 unidades da rede até o fim do ano que vem.

Aplicativos para aumentar eficiência

Na mesma linha de aumentar a interatividade, ela lançou dois novos aplicativos: um para clientes, que já tem mais de um milhão de cadastros, e outro para vendedores.

Grande parte da compra poderá ser realizada pelo vendedor a partir do smartphone, como consulta de preços e estoque. No futuro, até o check out e pagamentos poderão ser feitos pelo app.

Redução de custos

Diante desse cenário de queda no consumo, a empresa realizou um esforço constante, durante todo o ano para reduzir custos.

A varejista pressionou shoppings para diminuir o aluguel das lojas e, em conversas com os fornecedores, conseguiu reduzir os custos de reformas nas lojas em até 55%.

A empresa também viu o seu quadro de funcionários diminuir durante o ano. O CEO Silva afirmou que o Magazine Luiza dificultou a reposição de vagas. "Não cortamos, mas readequamos o nosso número de funcionários o ano inteiro", disse.

Dessa forma, ela conseguiu atingir uma margem bruta de 28,8% no trimestre, alta de 1,2 pontos porcentuais em relação ao ano anterior.

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