5 homens de negócios envolvidos em escândalos recentes
Executivos são suspeitos de desvio de dinheiro e fraudes, entre outros tropeços
Daniela Barbosa
Publicado em 26 de outubro de 2011 às 05h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h30.
São Paulo – Neste último mês, notícias de que CEOS de grandes companhias estariam envolvidos em corrupção, como desvio de dinheiro, foram recorrentes. No início de outubro, Adilson Primo, ex-CEO da Siemens no Brasil, foi demitido por ser suspeito de desviar 6 milhões de euros da empresa.
Ernst Lieb, da ex-CEO da Mercedes-Benz nos Estados Unidos, também é investigado por usar dinheiro do caixa da empresa para pagar despesas pessoais, como a compra de uma casa. Neste mês também, o ex-presidente do PanAmericano , Rafael Palladino, voltou a ser notícia na mídia. Isso porque, a Justiça bloqueou bens que o executivo possivelmente adquiriu com dinheiro desviado da instituição. Veja, a seguir, cinco casos recentes de executivos que tropeçaram na ética:
Ernst Lieb, da ex-CEO da Mercedes-Benz nos Estados Unidos, também é investigado por usar dinheiro do caixa da empresa para pagar despesas pessoais, como a compra de uma casa. Neste mês também, o ex-presidente do PanAmericano , Rafael Palladino, voltou a ser notícia na mídia. Isso porque, a Justiça bloqueou bens que o executivo possivelmente adquiriu com dinheiro desviado da instituição. Veja, a seguir, cinco casos recentes de executivos que tropeçaram na ética:
Desde o final do de 2010, Rafael Palladino, ex-presidente do Banco PanAmericano, é suspeito de ter desviado cerca de 77 milhões de reais em três anos, desde 2008. O empresário é agora investigado pela Justiça por ter usado a quantia na compra de imóveis e outros bens, como embarcações e carros de luxo. Há a possibilidade também de Palladino usar empresas laranja para lavagem de dinheiro. Depois do escândalo, que envolveu também uma fraude contábil que gerou um rombo de 4,3 bilhões de reais, o banco do Silvio Santos foi vendido ao BTG Pactual, de André Esteves. O grupo, desde então anda na corda bamba e precisou de desfazer de outros ativos para superar a crise.
O ex-CEO da Siemens no Brasil, Adilson Primo, foi demitido da companhia no início do mês. Primo é investigado de participar de um esquema de corrupção que envolve outros executivos da companhia no mundo. Segundo informações publicada na imprensa internacional, o ex-CEO brasileiro pode ter desviado até 6 milhões de euros da Simens antes de 2007. Ele se defende, no entanto, negando o desvio de dinheiro.
O ex-CEO da Mercedes-Benz nos Estados Unidos, Ernst Lieb, sempre foi visto com bons olhos pelos demais executivos da companhia. É atribuído a ele, por exemplo, o mérito de colocar a montadora alemã entre as maiores do segmento luxo no mercado americano. Mas, na última semana, Lieb foi demitido do cargo por ser suspeito de usar o caixa da Mercedes para pagar despesas pessoais. Uma das façanhas do executivo foi ter comprado uma casa com dinheiro da companhia. O executivo era investigado pela Daimler, controladora da Mercedes, desde o ano passado.
Há duas semanas, a notícia de que Michael Woodford, ex-CEO da Olympus, tinha sido demitido após 15 dias no cargo causou grande comoção no mercado. Sem dar muitas explicações, a companhia apenas disse que o desligamento tinha a ver com conflitos de gestão, pois o executivo não respeitava a cultura da empresa japonesa. Dias depois, no entanto, a verdade veio à tona e a demissão de Woodford passou a fazer mais sentido. O fato é que o executivo descobriu irregularidades dentro da Olympus e o conselho administrativo da companhia resolveu então afastá-lo. Alguns executivos da casa, como Tsuyoshi Kikukawa, presidente do conselho de administração, estão sendo investigados por uma alta comissão paga a consultoria que esteva à frente das negociações entre a Olympus e a Gyrus, em 2008. Woodford de vilão voltou a ser o mocinho da história e agora até o FBI está envolvido no caso.
Em maio deste ano, a Novartis demitiu vários de seus gerentes por má conduta. A decisão foi anunciada por Joe Jimenez (foto ao lado), CEO da empresa. Em um breve comunicado, na ocasião, a farmacêutica suíça afirmou que não iria tolerar comportamento incompatível com os valores e normas da companhia. A Novartis, no entanto, não divulgou até hoje o número de funcionários envolvidos no caso, nem os motivos reais das demissões.