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5 estratégias que o BTG Pactual seguirá depois do IPO

Expandir atuação para Peru e Colômbia e atuar em Middle Market por meio do PanAmericano são algumas delas

André Esteves, do BTG: regras para alinhar interesses entre sócios e acionistas, pós-IPO (Julio Bittencourt)

Tatiana Vaz

Publicado em 25 de abril de 2012 às 13h39.

São Paulo – O banco BTG Pactual poderá captar amanhã até 3,66 bilhões de reais em sua oferta pública de ações. Trata-se da sétima maior oferta da Bovespa desde 2004, considerado o ano da reabertura dos mercados, um feito e tanto para um banco de investimento dono de uma história recente marcada por ambição e visão estratégica.

A dúvida que fica agora é o que o banco fará com tal montante. Apesar de não ter especificado quanto será destinado de recursos para suas áreas de atuação, que incluem gestão de fortunas e operações de fusões e aquisições, o banco deixou claro em seu prospecto preliminar cinco pontos cruciais para sua estratégia de negócios, pós IPO. Conheça, a seguir, cada um deles:

Expandir as operações internacionais

Com escritórios em São Paulo, Nova Iorque, Londres e Hong Kong, o banco hoje já consegue explorar oportunidades de negócio fora do país. Porém, de forma ainda tímida perto da ambição do BTG de se tornar um competidor global. A capitalização dará margem para uma expansão seletiva ainda maior fora do Brasil, com a oferta de produtos brasileiros e de mercados emergentes de Asset Management a uma base de clientes de todo mundo e a expansão das atividades de Investment Banking a outros países da América Latina.

De quebra, o banco ainda poderá angariar pessoas talentosas com experiência em mercados e produtos fora do Brasil, para trabalhar tanto em seu escritório dentro como fora do país.

O BTG também pretende aumentar as operações que conduz hoje em sociedade com empresas latino-americanas em processo de expansão internacional. Uma delas é a Celfin, uma das corretoras líderes no Chile. “Acreditamos que conseguiremos distribuir diversos dos nossos produtos brasileiros e internacionais da Celfin e também poderemos incrementar a oferta deles com nossos produtos”, afirma o BTG em seu prospecto.

Atuar na Colômbia e Peru, onde a Celfin tem operações recentes, também estão nos planos do BTG. O banco acredita que, por serem países cujos mercados de capitais ainda são insipientes, com uma classe de consumidores em expansão e empresas em busca de investidores, esses dois mercados são ideais para replicar o modelo de negócio.


Expandir o portfólio

Depois do IPO, a expectativa do banco é ter mais opções de financiamento disponíveis a custos de financiamento. O intuito é incluir no portfólio outros produtos de crédito, como derivativos, securitizações, créditos estruturados e financiamentos pré-IPO, que possam ser oferecidos a clientes atuais e futuros, inclusive por meio do PanAmericano.

“Esperamos primeiramente explorar oportunidades de crédito que estejam relacionadas com as nossas outras principais áreas de negócio, em particular, Investment Banking, e também que envolvam produtos estruturados e derivativos”, diz o prospecto da companhia.

Por meio do PanAmericano, o BTG pretende ainda solidificar sua intenção de atuar em middle market. “Essa plataforma origina clientes e ativos financeiros de middle market, que são complementares ao crédito que originamos por meio da plataforma do Banco BTG Pactual”.

Merchant Banking e private equity

O BTG pretende ainda continuar a fazer negócios de Merchant Banking e private equity, por meio do qual o banco investe com recursos próprios, com foco no mercado brasileiro. O plano é atuar como um investidor âncora com participação significativa em fundos que estejam relacionados com as atividades de Merchant Banking e que, consequentemente, gerem receita para os sócios e acionistas.

Em junho de 2011, o BTG concluiu a captação de um novo fundo de private equity no valor de, aproximadamente, 1,5 bilhão de dólares - 490 milhões de reais desse montante saíram do banco. Depois do IPO, a ideia é buscar recursos e oportunidades de investimento por meio de utilização de capital de tais fundos, com outros investidores financeiros ou por meio de capital próprio. “Acreditamos que o contínuo desenvolvimento desses negócios continuará a contribuir com nossas outras áreas de negócio a partir de iniciativas de venda cruzada”, afirma a companhia em seu prospecto.

Aquisições estratégicas

O banco ainda pretende expandir seus negócios por meio de aquisições seletivas, em especial, as que sejam complementares aos operados hoje. Uma das opções será expandir as atividades de Investment Banking e Asset Management a outros mercados latino-americanos e emergentes. “Acreditamos que a Oferta incrementará nossa capacidade e flexibilidade para realizar aquisições estratégicas mediante o fortalecimento do nosso balanço patrimonial”, ressalta o documento.

Alinhar interesses entre sócios e acionistas

Para alinhar interesses entre seus sócios e acionistas, o banco criou um mecanismo para evitar que seu modelo de sociedade seja alterado depois abertura de capital. Por meio dele, qualquer sociedade do banco tem o direito, a qualquer tempo e por qualquer razão, de fazer com que qualquer sócio aliene total ou parcialmente a sua respectiva participação pelo valor contábil ao invés do valor de mercado ou valor justo. Se esse direito for exercido, tal participação poderá ser revendida a outros sócios ou novos executivos pelo valor contábil.

“ Com isso, esperamos que a totalidade da Participação do Partnership nunca seja elegível para venda no mercado ou a terceiros, exceto em algumas situações, como a alienação do Grupo BTG Pactual em sua totalidade”, afirma o prospecto. “Esse mecanismo privilegia a permanência dos nossos mais importantes executivos como Partners ao impor-lhes um significativo ônus econômico”.

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A dúvida que fica agora é o que o banco fará com tal montante. Apesar de não ter especificado quanto será destinado de recursos para suas áreas de atuação, que incluem gestão de fortunas e operações de fusões e aquisições, o banco deixou claro em seu prospecto preliminar cinco pontos cruciais para sua estratégia de negócios, pós IPO. Conheça, a seguir, cada um deles:

Expandir as operações internacionais

Com escritórios em São Paulo, Nova Iorque, Londres e Hong Kong, o banco hoje já consegue explorar oportunidades de negócio fora do país. Porém, de forma ainda tímida perto da ambição do BTG de se tornar um competidor global. A capitalização dará margem para uma expansão seletiva ainda maior fora do Brasil, com a oferta de produtos brasileiros e de mercados emergentes de Asset Management a uma base de clientes de todo mundo e a expansão das atividades de Investment Banking a outros países da América Latina.

De quebra, o banco ainda poderá angariar pessoas talentosas com experiência em mercados e produtos fora do Brasil, para trabalhar tanto em seu escritório dentro como fora do país.

O BTG também pretende aumentar as operações que conduz hoje em sociedade com empresas latino-americanas em processo de expansão internacional. Uma delas é a Celfin, uma das corretoras líderes no Chile. “Acreditamos que conseguiremos distribuir diversos dos nossos produtos brasileiros e internacionais da Celfin e também poderemos incrementar a oferta deles com nossos produtos”, afirma o BTG em seu prospecto.

Atuar na Colômbia e Peru, onde a Celfin tem operações recentes, também estão nos planos do BTG. O banco acredita que, por serem países cujos mercados de capitais ainda são insipientes, com uma classe de consumidores em expansão e empresas em busca de investidores, esses dois mercados são ideais para replicar o modelo de negócio.


Expandir o portfólio

Depois do IPO, a expectativa do banco é ter mais opções de financiamento disponíveis a custos de financiamento. O intuito é incluir no portfólio outros produtos de crédito, como derivativos, securitizações, créditos estruturados e financiamentos pré-IPO, que possam ser oferecidos a clientes atuais e futuros, inclusive por meio do PanAmericano.

“Esperamos primeiramente explorar oportunidades de crédito que estejam relacionadas com as nossas outras principais áreas de negócio, em particular, Investment Banking, e também que envolvam produtos estruturados e derivativos”, diz o prospecto da companhia.

Por meio do PanAmericano, o BTG pretende ainda solidificar sua intenção de atuar em middle market. “Essa plataforma origina clientes e ativos financeiros de middle market, que são complementares ao crédito que originamos por meio da plataforma do Banco BTG Pactual”.

Merchant Banking e private equity

O BTG pretende ainda continuar a fazer negócios de Merchant Banking e private equity, por meio do qual o banco investe com recursos próprios, com foco no mercado brasileiro. O plano é atuar como um investidor âncora com participação significativa em fundos que estejam relacionados com as atividades de Merchant Banking e que, consequentemente, gerem receita para os sócios e acionistas.

Em junho de 2011, o BTG concluiu a captação de um novo fundo de private equity no valor de, aproximadamente, 1,5 bilhão de dólares - 490 milhões de reais desse montante saíram do banco. Depois do IPO, a ideia é buscar recursos e oportunidades de investimento por meio de utilização de capital de tais fundos, com outros investidores financeiros ou por meio de capital próprio. “Acreditamos que o contínuo desenvolvimento desses negócios continuará a contribuir com nossas outras áreas de negócio a partir de iniciativas de venda cruzada”, afirma a companhia em seu prospecto.

Aquisições estratégicas

O banco ainda pretende expandir seus negócios por meio de aquisições seletivas, em especial, as que sejam complementares aos operados hoje. Uma das opções será expandir as atividades de Investment Banking e Asset Management a outros mercados latino-americanos e emergentes. “Acreditamos que a Oferta incrementará nossa capacidade e flexibilidade para realizar aquisições estratégicas mediante o fortalecimento do nosso balanço patrimonial”, ressalta o documento.

Alinhar interesses entre sócios e acionistas

Para alinhar interesses entre seus sócios e acionistas, o banco criou um mecanismo para evitar que seu modelo de sociedade seja alterado depois abertura de capital. Por meio dele, qualquer sociedade do banco tem o direito, a qualquer tempo e por qualquer razão, de fazer com que qualquer sócio aliene total ou parcialmente a sua respectiva participação pelo valor contábil ao invés do valor de mercado ou valor justo. Se esse direito for exercido, tal participação poderá ser revendida a outros sócios ou novos executivos pelo valor contábil.

“ Com isso, esperamos que a totalidade da Participação do Partnership nunca seja elegível para venda no mercado ou a terceiros, exceto em algumas situações, como a alienação do Grupo BTG Pactual em sua totalidade”, afirma o prospecto. “Esse mecanismo privilegia a permanência dos nossos mais importantes executivos como Partners ao impor-lhes um significativo ônus econômico”.

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