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5 estratégias das grandes varejistas em tempos de crise

Em evento do setor, representantes de empresas como Walmart, Telhanorte e O Boticário comentam ações e estratégias que estão colocando em prática


	Loja da RaiaDrogasil: rede investe em novas lojas e na entrada da operação no Nordeste
 (Gustavo Gomes/EXAME.com)

Loja da RaiaDrogasil: rede investe em novas lojas e na entrada da operação no Nordeste (Gustavo Gomes/EXAME.com)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 24 de agosto de 2015 às 15h46.

São Paulo - Corte de custos e lojas menores estão entre as estratégias de algumas varejistas para enfrentar o momento de crise e continuar crescendo.

Em evento do setor, o Latam Retail Show, representantes de empresas como Magazine Luiza, Telhanorte, O Boticário e Walmart comentaram sobre as ações e estratégias que estão colocando em prática este ano.

Confira algumas delas:

Novos mercados

Com dinheiro em caixa, a RaiaDrogasil está aproveitando para buscar aluguéis mais baratos e continuar abrindo lojas. Ela pretende abrir 130 novos pontos este ano, mesma quantidade do ano passado, segundo Marcilio Pousada presidente da rede de drogarias.

Com a crise, o executivo afirmou que ficou mais fácil fazer isso, por causa do excesso de imóveis no mercado e da queda do preço do aluguel.

Também neste ano, a empresa irá inaugurar um centro de distribuição em Recife, no Nordeste, um mercado novo para a companhia.

Lojas menores

Além do investimento em atendimento, logística e infraestrutura, no último ano a Telhanorte teve de adaptar o seu formato de loja à nova realidade.

A varejista de construção costuma operar com lojas gigantes, em média com 5.000 metros quadrados. No entanto, acredita que está mais difícil encontrar terrenos desse tamanho e por um preço competitivo perto de grandes cidades.

“Estamos tendo que ser flexíveis e nos adaptar”, afirmou Manuel Corrêa, CEO da empresa. Os novos pontos de venda da empresa têm entre 2.000 metros quadrados e 3.500 metros quadrados.

Revisões trimestrais 

O Magazine Luiza irá inaugurar 30 lojas este ano. Apesar do alto investimento em novas unidades, o mantra atual da presidente, Luiza Helena Trajano, é fazer mais com menos.

Ao revisar o plano de expansão da cadeia inteira, a empresa diminuiu os investimentos planejados para os próximos anos e Luiza afirma que os gastos e planejamentos são revistos a cada três meses.

Voltar ao foco

Nos últimos 3 anos, o grupo Boticário investiu cerca de 1 bilhão de reais em infraestrutura. Inaugurou uma fábrica e um centro de distribuição na Bahia, além de um novo laboratório de pesquisa e desenvolvimento.

Este ano, no entanto, a empresa irá focar nos seus pontos fortes, como atendimento e apresentação dos produtos na loja.

Cortar a complexidade também é um momento para retirar a complexidade da operação e se focar nos principais negócios. “Em momentos de crescimento, temos várias ideias e trazemos coisas novas, às vezes complexas de operar”, disse Artur Grynbaum, presidente da rede.

Reduzir custos

Para o Walmart, o momento também é de redução de custos. Segundo Guilherme Loureiro, presidente da rede no Brasil, a empresa cresceu muito nos últimos anos e realizou diversas aquisições, mas não teve tempo de integrar as diversas lojas.

Segundo ele, é hora de frear o crescimento inorgânico, integrar lojas e reduzir custos, para tentar vender os produtos a preços mais competitivos. Essa estratégia é especialmente importante em um momento em que os volumes de vendas e, consequentemente, as margens caem.

Outro foco da empresa é o atacarejo, mistura do atacado e varejo. De acordo com Loureiro, os consumidores estão voltando a fazer grandes compras no início do mês em lojas maiores e com preços mais competitivos, motivo pelo qual a companhia irá abrir pelo menos 2 unidades da bandeira Hiper Todo Dia, uma loja mais simples e otimizada.

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