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Zona de buscas de vítimas de avião da AirAsia é ampliada

Autoridades esperam que os mergulhadores possam alcançar o fundo do mar depois de terem enfrentado condições difíceis nos dias anteriores

Membros da aviação indonésia sobrevoam mar de Java (Dewi Nurcahyani/AFP)

Membros da aviação indonésia sobrevoam mar de Java (Dewi Nurcahyani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 07h50.

Pangkalan - As equipes de resgate na Indonésia ampliaram nesta segunda-feira suas buscas no mar de Java para encontrar os cadáveres das vítimas e os destroços do avião da AirAsia, que podem ter sido arrastados pelas correntes enquanto os trabalhos estiveram perturbados pelo mau tempo.

No nono dia das operações de grande amplitude realizadas pela Indonésia com a ajuda de outros países para encontrar os corpos das vítimas e destroços do Airbus A320-200 que caiu no mar em 28 de dezembro, as autoridades esperam que os mergulhadores possam alcançar o fundo do mar depois de terem enfrentado condições difíceis nos dias anteriores.

Até agora apenas 34 cadáveres foram recuperados de um total de 162 pessoas que estavam a bordo da aeronave - 155 indonésios, o co-piloto francês, um britânico, três sul-coreanos, um cingapuriano e um malaio - que havia decolado da cidade indonésia de Surabaya em direção a Cingapura e que encontrou péssimas condições meteorológicas antes de desaparecer das telas dos radares.

"Esperamos que o tempo hoje (segunda-feira) seja bom para que o ROV (veículo submarino teleguiado) e outros instrumentos possam ser utilizados, e que nossos mergulhadores possam alcançar novamente o fundo do mar", declarou à AFP S.B. Supriyadi.

O responsável espera que todas as partes da aeronave sejam localizadas nesta segunda-feira, enquanto as equipes de busca encontraram até agora cinco grandes partes do avião.

"Ontem (domingo) nossos mergulhadores submergiram, mas a visibilidade era muito ruim" no fundo do mar, acrescentou.

No entanto, as buscas avançaram no domingo, com a descoberta de outros quatro cadáveres e da quinta parte importante do avião.

Isso ocorreu depois que a Agência Nacional Meteorológica indonésia indicou em um relatório preliminar que a queda da aeronave provavelmente foi provocada pelo congelamento dos motores, uma hipótese prematura, segundo os especialistas.

Esperança de encontrar as caixas pretas

As equipes que realizam as operações no mar utilizam hidrofones para localizar as balizas acústicas e dois gravadores de voo, se esforçando para encontrar as caixas pretas, cruciais para determinar as causas do acidente.

As buscas realizadas na costa da ilha de Bornéu se estenderão a leste, já que as fortes correntes podem ter arrastado partes da aeronave, indicou Supriyadi.

Vários aviões decolaram de Pangkalan Bun, a cidade com aeroporto mais próxima de onde os destroços foram encontrados, para prosseguir as buscas a partir do ar. Outras embarcações pequenas varrem a costa próxima tentando detectar corpos que eventualmente possam ter sido arrastados até a margem.

As equipes examinam as previsões do tempo para tentar levar à superfície as partes do avião que estão no fundo do mar.

"Esperamos que as caixas pretas sejam encontradas o quanto antes. Se a cauda do avião ficou invertida e a porta de acesso às caixas pretas está na lama, teremos que perfurar no fundo e isso será difícil", explicou Supriyadi.

A prioridade para as equipes de busca, a pedido das autoridades, é localizar os cadáveres das vítimas, algumas das quais estavam atadas aos seus assentos com os cintos de segurança.

Na noite de domingo, a filha do comandante a bordo indonésio, Iriyanto, fez um apelo através da televisão pedindo que a população não acuse seu pai: "ele é simplesmente uma vítima e ainda não foi encontrado. Minha família está de luto. Sendo sua filha, não posso aceitar isso. Nenhum piloto faria algo ruim com seus passageiros", declarou Angela Anggi Ranastianis à rede de televisão TV One.

Em sua última comunicação, o experiente piloto havia pedido ao controle aéreo autorização para ganhar altura e evitar uma tempestade, antes de perder o contato.

Muitos familiares das vítimas se concentraram em Surabaya e esperam notícias nesta cidade, a segunda da Indonésia, a partir da qual o avião decolou e onde foi instalado um centro de crise para identificar os cadáveres.

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