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Yanukovich diz que não está cassado e lutará pela Ucrânia

O presidente deposto da Ucrânia, Viktor Yanukovich, disse que ninguém o destituiu e que está decidido a continuar lutando pelo futuro da Ucrânia


	Viktor Yanukovich: o poder "foi usurpado por nacionalistas e pró-fascistas, arruaceiros... que são a absoluta minoria dos habitantes da Ucrânia", disse
 (Maxim Shemetov/Reuters)

Viktor Yanukovich: o poder "foi usurpado por nacionalistas e pró-fascistas, arruaceiros... que são a absoluta minoria dos habitantes da Ucrânia", disse (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2014 às 10h49.

Moscou - O presidente deposto da Ucrânia, Viktor Yanukovich, disse nesta sexta-feira que ninguém o destituiu e que está decidido a continuar lutando pelo futuro da Ucrânia.

Em suas primeiras palavras em entrevista coletiva na cidade russa de Rostov do Don (sul), Yanukovich acusou o novo poder da Ucrânia de implantar o terror e assegurou que teve que ir embora do país por ver sua vida ameaçada.

"Chegou a hora de dizer que tenho a intenção de continuar lutando pelo futuro da Ucrânia contra quem mediante o medo e o terror tenta esmagá-lo, e decidi dizê-lo publicamente", assinalou Yanukovich, que apareceu ao lado por quatro grandes bandeiras ucranianas.

"Ninguém me derrubou... Tive que deixar a Ucrânia por causa das ameaças contra minha vida e minha família...", disse o líder destituído no dia 22 de fevereiro pelo Parlamento ucraniano.

Segundo Yanukovich, o poder em Kiev "foi usurpado por nacionalistas e pró-fascistas, arruaceiros... que são a absoluta minoria dos habitantes da Ucrânia".

Diante de mais de 200 jornalistas reunidos em um centro de congressos em Rostov do Don, Yanukovich afirmou que a saída da situação era o acordo que ele assinou em 21 de fevereiro com a oposição e a participação de mediadores da União Europeia, e insistiu na necessidade de seu cumprimento.

Lembrou que esse acordo contemplava uma reforma constitucional para igualar todos os poderes do Estado e a realização de eleições presidenciais antecipadas em dezembro de 2014.

Contra Yanukovich pesa uma ordem de busca e captura emitida pelas autoridades da Ucrânia que o acusam da morte de quase cem pessoas nos três meses de distúrbios em Kiev.

*Atualizada às 10h49 do dia 28/02/2014

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