Yamandú Orsi, candidato da Frente Ampla: vitória já é comemorada no QG do partido
Publicado em 24 de novembro de 2024 às 20h52.
Última atualização em 24 de novembro de 2024 às 21h46.
Yamandú Orsi, ex-prefeito e professor de história de 57 anos, será o próximo presidente do Uruguai, de acordo com as projeções iniciais divulgadas pelas principais consultoras eleitorais do país.
Representando a coalizão de esquerda Frente Ampla, Orsi deve superar o governista do Partido Nacional, liderada por Álvaro Delgado.
Segundo os dados divulgados às 20h30, a consultora Equipos estima 49% dos votos para Orsi e 46,6% para Delgado. A Opción projeta 48,7% para o candidato da Frente Ampla. Já a Cifra apontou números mais apertados: 47,5% para Orsi contra 46,9% de Delgado.
No quartel-general da Frente Ampla, Fernando Pereira, presidente da coalizão, celebrou os resultados: “Muito obrigado. Vamos conversar também com os que não nos votaram. Viemos para unir o Uruguai”, afirmou.
A vitória marca o retorno da Frente Ampla ao poder, após o atual governo da coalizão de direita liderada pelo Partido Nacional.
No X (antigo Twitter), o presidente do Uruguai Luis Lacalle Pou disse já ter telefonado para o candidato eleito Yamandú Orsi para dar as felicitações pela vitória.
No campo adversário, a fórmula Delgado-Ripoll, que representa a coalizão republicana, aguarda os números oficiais.
Apesar das projeções desfavoráveis, o clima no búnker do Partido Nacional é de prudência enquanto os resultados definitivos não são divulgados.
A apuração final deverá confirmar o resultado nos próximos dias, mas as projeções já colocam Orsi como o presidente eleito do Uruguai.
Com relação à política internacional, Orsi falou, após votar neste domingo, sobre o Mercosul e disse que o bloco “precisa de uma injeção de um pouco mais de dinamismo”.
“É uma mistura de abertura e unidade. É um equilíbrio complexo. Ignorar o Mercosul é uma falta de jeito”, enfatizou o candidato da Frente Ampla.
Questionado se convidaria Nicolás Maduro para uma eventual posse, disse que "um Estado se relaciona com Estados, não com presidentes ou ideologias".
"Quando você tem dificuldades diplomáticas com outro Estado, você o coloca no final ou não o considera. Hoje, meu país tem dificuldades diplomáticas", analisou.