Mundo

WikiLeaks não cometeu delitos na Austrália, diz polícia

O criador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, deixou na quinta-feira a prisão na Grã-Bretanha, após pagar fiança

Julian Assange, fundador do WikiLeaks: nenhum crime na Austrália, segundo a polícia (Oli Scarff/Getty Images)

Julian Assange, fundador do WikiLeaks: nenhum crime na Austrália, segundo a polícia (Oli Scarff/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2010 às 07h30.

Sidney - A policia australiana disse nesta sexta-feira que o site WikiLeaks não cometeu nenhum delito criminal no país ao divulgar comunicados secretos da diplomacia dos Estados Unidos, os quais tratavam de questões sensíveis do governo.

"A AFP (a polícia federal australiana) completou sua avaliação do material e não constatou a existência de nenhum delito criminal sobre o qual a Austrália teria jurisdição", disse a AFP em um comunicado.

O criador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, deixou na quinta-feira a prisão na Grã-Bretanha, após pagar fiança para aguardar em liberdade o processo que pode levá-lo a ser extraditado para a Suécia para responder por crimes sexuais. Assange afirma ser vítima de uma perseguição política, e prometeu continuar revelando segredos governamentais.

O governo da Austrália havia ordenado que a polícia investigasse se o WikiLeaks tinha cometido crimes no país. O pedido foi feito depois que a primeira-ministra Julia Gillard comentou que a "pedra fundamental" da liberação dos despachos diplomáticos dos EUA pelo WikiLeaks era um "ato ilegal que certamente violou as leis dos Estados Unidos da América".

Gillard vem sendo criticada por partidários do WikiLeaks e por alguns membros de seu governo, trabalhista, por ter possivelmente prejudicado Assange em qualquer ação criminal futura.

O WikiLeaks tem irritado o governo dos EUA nas últimas semanas, desde que começou a divulgar mais de 250 mil comunicações secretas de diplomatas norte-americanos.

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaJulian AssangePersonalidadesWikiLeaks

Mais de Mundo

Eleição nos EUA: corrida apertada pode ter “goleada” para Trump ou Kamala; entenda

Sede da Netflix na França é alvo de operação contra lavagem de dinheiro e fraude fiscal

Colégios eleitorais começam a abrir nos EUA para disputa entre Trump e Kamala

Texas e Missouri processam governo Biden pelo envio de observadores eleitorais