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WhatsApp é hackeado para espionar autoridades de governos aliados aos EUA

Parcela significativa das vítimas conhecidas são autoridades governamentais e militares de alto nível espalhadas por pelo menos 20 países

WhatsApp: algumas vítimas estão localizadas nos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, México, Paquistão e Índia (Pixabay/Reprodução)

WhatsApp: algumas vítimas estão localizadas nos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, México, Paquistão e Índia (Pixabay/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 31 de outubro de 2019 às 14h21.

Washington — Autoridades de alto escalão de governos de vários países aliados dos Estados Unidos foram alvos de ataques no início deste ano com softwares de hackers que usavam o WhatsApp, do Facebook, para controlar os telefones dos usuários.

Fontes familiarizadas com a investigação interna do WhatsApp disseram que uma parcela significativa das vítimas conhecidas são autoridades governamentais e militares de alto nível espalhadas por pelo menos 20 países nos cinco continentes.

O ataque maior do que relatado anteriormente a smartphones dos principais funcionários de governos sugere que a invasão do WhatsApp pode ter amplas consequências políticas e diplomáticas.

O WhatsApp entrou com uma ação na terça-feira contra o desenvolvedor de ferramentas hackers israelense NSO Group, alegando que o NSO construiu e vendeu uma plataforma hacker que explorava uma falha nos servidores do WhatsApp para ajudar os clientes a invadirem os celulares de pelo menos 1.400 usuários.

Embora não esteja claro quem usou o software para invadir os telefones, o NSO diz que vende seu spyware exclusivamente para clientes de governo.

Algumas vítimas estão localizadas nos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, México, Paquistão e Índia, disseram pessoas familiarizadas com a investigação. A Reuters não pôde verificar se as vítimas desses países incluíam funcionários do governo.

O NSO não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Antes, a empresa negou qualquer irregularidade, dizendo que seus produtos são destinados apenas a ajudar governos a capturar terroristas e criminosos.

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