Eleitores votam em Ohio: americanos comparecem às urnas em número recorde (Ty Wright/Getty Images)
Carla Aranha
Publicado em 3 de novembro de 2020 às 21h07.
Última atualização em 3 de novembro de 2020 às 21h39.
Nem o coronavírus foi capaz de segurar os americanos em casa nessas eleições. Pela primeira vez em mais cem anos, 67% dos eleitores resolveram comparecer às urnas. Nesta terça-feira, dia 3, dezenas de milhões de pessoas enfrentaram o frio, que já atinge vários Estados, e a pandemia para expressar seu apoio a Donald Trump ou Joe Biden. E mais de 101 milhões de americanos votaram antecipadamente.
De acordo com projeções da Universidade da Flórida, cerca de 160 milhões de americanos devem votar nessas eleições. A última vez que tanta gente compareceu às urnas foi em 1908. "É a primeira vez que voltamos aos níveis de votação de mais de um século atrás", disse Michael P. McDonald, professor da Universidade da Flórida, ao jornal The New York Times. "Isso é impressionante".
Em meio à uma polarização política, protestos contra a atuação da polícia e movimentos negros, pelo menos seis Estados, entre eles o Texa, Colorado e Washginton, registraram um número recorde de votos antecipados. Em função do coronavírus, este ano muitos americanos optaram por votar pelo Correio ou comparecer antecipamente às urnas.
Em muitos Estados, como o Texas e a Carolina do Norte, diversos eleitores negros e de outras minorias decidiram votar antecipadamente. Na Carolina do Norte, já foram computados mais de 4,6 milhões de votos.
O volume de votos (que considera tanto presenciais quanto por correspondência) já representa o dobro do registrado em 2016 e corresponde a 68% do total de eleitores da última eleição presidencial.