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Vítimas na Síria têm sintomas de ataque com gás sarin, diz MSF

Segundo a ONG, ao menos oito dos feridos mostraram sintomas compatíveis com a exposição a um agente neurotóxico como o gás sarin ou similares

Síria: os médicos da MSF que estão na região forneceram remédios e antídotos para os pacientes (Ammar Abdullah/Reuters)

Síria: os médicos da MSF que estão na região forneceram remédios e antídotos para os pacientes (Ammar Abdullah/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de abril de 2017 às 14h09.

Última atualização em 5 de abril de 2017 às 14h09.

Nova York - A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) confirmou nesta quarta-feira que as vítimas do último ataque na Síria atendidas por seu pessoal apresentam sintomas compatíveis com a exposição a um agente neurotóxico como o gás sarin.

A MSF explicou em comunicado que uma de suas equipes médicas está prestando apoio ao serviço de emergência do hospital Bab Al Hawa, na província de Idlib, onde aconteceu o ataque, e pôde confirmar os sintomas nos pacientes.

Pelo menos oito dos feridos mostraram sintomas compatíveis com a exposição a um agente neurotóxico como o gás sarin ou compostos similares, que vão desde pupilas dilatadas e espasmos musculares até defecação involuntária, segundo a MSF.

O ataque em Khan Sheikhoun, que foi fortemente condenado pela comunidade internacional, causou a morte de mais de 70 pessoas e deixou mais de 200 feridos, segundo os últimos dados levantados pelas Nações Unidas.

Os médicos da MSF que estão na região forneceram remédios e antídotos para os pacientes e deram roupas de proteção para o pessoal da unidade de emergência do hospital.

Além disso, visitaram outros hospitais onde as vítimas do ataque estão recebendo tratamento, e informaram que os pacientes exalavam cheiro de lixívia, o que sugere que teriam sido expostos a cloro.

"Estes relatórios apontam com firmeza a que as vítimas do ataque em Khan Sheikhoun foram expostas a, pelo menos, dois agentes químicos diferentes", segundo a ONG, que administra quatro centros de saúde no norte da Síria e dá suporte a outros 150.

As potências ocidentais responsabilizaram o regime de Bashar al Assad pelo ataque, enquanto Síria e Rússia asseguram que aviões sírios bombardearam um depósito de armas dos insurgentes que abrigava uma fábrica de armas "tóxicas".

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