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Vítimas de Srebrenica comemoram detenção de Ratko Mladic

Autoridades e associações também acusaram o governo sérvio de saber onde o ex-general estava escondido nos 15 anos em que esteve foragido da Justiça

Mladic é acusado de um total de 15 acusações de crimes de guerra (Pascal Guyot/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2011 às 14h30.

Sarajevo - As autoridades de Sarajevo e associações de vítimas do massacre de Srebrenica comemoraram nesta quinta-feira a detenção do suposto criminoso de guerra Ratko Mladic, e acusaram o Governo sérvio de saber onde ele estava escondido nos 15 anos em que esteve foragido da Justiça.

"A detenção de Ratko Mladic prova que as autoridades da Sérvia sabiam todo este tempo onde se encontrava", declarou Zeljko Komsic, membro croata da Presidência tripartida da Bósnia-Herzegovina.

Komsic manifestou sua satisfação de que Mladic tenha que prestar contas por todos os crimes dos quais é acusado, especialmente pelo assédio de Sarajevo e pelo genocídio de Srebrenica.

O político se mostrou convencido de que as autoridades sérvias sabiam onde se escondia este ex-chefe militar servo-bósnio, assim como Radovan Karadzic, seu chefe político, que foi detido em 2008.

"Ambos serviam (a Belgrado) como moeda de troca com a União Europeia (UE). Quando a UE colocou decididamente à Sérvia a detenção de Mladic como condição para as negociações de acesso, esta aconteceu", disse Komsic.

A detenção de Mladic foi também aplaudida pela associação "Mães de Srebrenica", onde em julho de 1995 as forças sob comando de Mladic mataram cerca de 8 mil muçulmanos e croatas-bósnios.

"Estou comovida e feliz. Nós, as mães, esperamos isto durante muito tempo. Lastimo que não tenha acontecido antes, já que muitas mães morreram enquanto esperavam por esta detenção", disse Hatidza Mehmedovic, presidente da associação.

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"A detenção de Ratko Mladic prova que as autoridades da Sérvia sabiam todo este tempo onde se encontrava", declarou Zeljko Komsic, membro croata da Presidência tripartida da Bósnia-Herzegovina.

Komsic manifestou sua satisfação de que Mladic tenha que prestar contas por todos os crimes dos quais é acusado, especialmente pelo assédio de Sarajevo e pelo genocídio de Srebrenica.

O político se mostrou convencido de que as autoridades sérvias sabiam onde se escondia este ex-chefe militar servo-bósnio, assim como Radovan Karadzic, seu chefe político, que foi detido em 2008.

"Ambos serviam (a Belgrado) como moeda de troca com a União Europeia (UE). Quando a UE colocou decididamente à Sérvia a detenção de Mladic como condição para as negociações de acesso, esta aconteceu", disse Komsic.

A detenção de Mladic foi também aplaudida pela associação "Mães de Srebrenica", onde em julho de 1995 as forças sob comando de Mladic mataram cerca de 8 mil muçulmanos e croatas-bósnios.

"Estou comovida e feliz. Nós, as mães, esperamos isto durante muito tempo. Lastimo que não tenha acontecido antes, já que muitas mães morreram enquanto esperavam por esta detenção", disse Hatidza Mehmedovic, presidente da associação.

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