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Violência nas ruas se espalha para fora de Londres

Manchester, West Bromwich e Wolverhampton também sofrem com ataques; governo vai colocar 16 mil policiais nas ruas nesta terça-feira

Policiais e manifestantes se enfrentam próximos a um carro em chamas em Hackney, Londres (Peter Macdiarmid/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2011 às 19h55.

Londres - Distúrbios explodiram na noite de terça-feira em outras cidades inglesas, enquanto a população de Londres aguarda ansiosamente para ver se o reforço policial colocado nas ruas evitará a repetição dos saques e incêndios vistos nas três noites anteriores.

Em Salford, parte da Grande Manchester, no noroeste inglês, manifestantes atiraram tijolos contra policiais e incendiaram edifícios. Um cinegrafista da BBC foi agredido. Imagens de TV mostraram lojas e veículos em chamas em Salford e Manchester.

A polícia disse que uma loja de roupas foi incendiada no centro de Manchester, e que 200 jovens que participavam de tumultos foram perseguidos, sendo que sete foram detidos.

Mais ao sul, em West Bromwich e Wolverhampton, carros foram queimados e lojas foram invadidas.

Em Londres, usuários dos transportes públicos se apressaram em ir para casa ao final do expediente. O comércio fechou mais cedo, e muitos comerciantes reforçaram com tábuas os acessos aos seus estabelecimentos. A polícia prometeu quase triplicar sua presença nas ruas.

A onda de violência --a pior na capital britânica em várias décadas-- começou no sábado, após um protesto inicialmente pacífico pelo fato de dois homens terem sido baleados pela polícia. Líderes comunitários dizem que os incidentes refletem as crescentes disparidades de renda e oportunidades.

Gangues têm saqueado lojas, de onde saem levando roupas, sapatos e produtos eletrônicos; incendiado carros, casas e estabelecimentos comerciais, causando prejuízos de milhões de libras; e provocado intensamente as forças policiais.

A polícia já deteve mais de 450 pessoas, sendo 200 na noite de segunda para terça-feira. Mais de cem policiais ficaram feridos. Um homem de 26 anos morreu baleado em Croydon, zona sul da capital. Foi a primeira vítima fatal dos distúrbios.

O primeiro-ministro David Cameron, que voltou mais cedo desuas férias na Toscana para lidar com a crise interna, disse a jornalistas que "se trata de criminalidade pura e simples, e ela precisa ser confrontada e derrotada".

""As pessoas não devem duvidar de que faremos tudo o que for necessário para restaurar a ordem nas ruas da Grã-Bretanha", disse ele após presidir uma reunião do comitê governamental de reação a crises.

Outra reunião está marcada para quarta-feira. Cameron também convocou o Parlamento em meio ao seu recesso de verão, o que é raro.

O primeiro-ministro disse que 16 mil policiais estarão nas ruas na terça-feira à noite. Na segunda-feira, havia 6.000, para uma população total de 7,8 milhões de habitantes na cidade.

Os distúrbios ocorrem num momento de insatisfação popular com medidas de austeridade do governo, como cortes de gastos e aumento de impostos para combater o déficit orçamentário público, e a menos de um ano do início das Olimpíadas de Londres em 2012. As autoridades garantem que os preparativos não serão afetados.

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Londres - Distúrbios explodiram na noite de terça-feira em outras cidades inglesas, enquanto a população de Londres aguarda ansiosamente para ver se o reforço policial colocado nas ruas evitará a repetição dos saques e incêndios vistos nas três noites anteriores.

Em Salford, parte da Grande Manchester, no noroeste inglês, manifestantes atiraram tijolos contra policiais e incendiaram edifícios. Um cinegrafista da BBC foi agredido. Imagens de TV mostraram lojas e veículos em chamas em Salford e Manchester.

A polícia disse que uma loja de roupas foi incendiada no centro de Manchester, e que 200 jovens que participavam de tumultos foram perseguidos, sendo que sete foram detidos.

Mais ao sul, em West Bromwich e Wolverhampton, carros foram queimados e lojas foram invadidas.

Em Londres, usuários dos transportes públicos se apressaram em ir para casa ao final do expediente. O comércio fechou mais cedo, e muitos comerciantes reforçaram com tábuas os acessos aos seus estabelecimentos. A polícia prometeu quase triplicar sua presença nas ruas.

A onda de violência --a pior na capital britânica em várias décadas-- começou no sábado, após um protesto inicialmente pacífico pelo fato de dois homens terem sido baleados pela polícia. Líderes comunitários dizem que os incidentes refletem as crescentes disparidades de renda e oportunidades.

Gangues têm saqueado lojas, de onde saem levando roupas, sapatos e produtos eletrônicos; incendiado carros, casas e estabelecimentos comerciais, causando prejuízos de milhões de libras; e provocado intensamente as forças policiais.

A polícia já deteve mais de 450 pessoas, sendo 200 na noite de segunda para terça-feira. Mais de cem policiais ficaram feridos. Um homem de 26 anos morreu baleado em Croydon, zona sul da capital. Foi a primeira vítima fatal dos distúrbios.

O primeiro-ministro David Cameron, que voltou mais cedo desuas férias na Toscana para lidar com a crise interna, disse a jornalistas que "se trata de criminalidade pura e simples, e ela precisa ser confrontada e derrotada".

""As pessoas não devem duvidar de que faremos tudo o que for necessário para restaurar a ordem nas ruas da Grã-Bretanha", disse ele após presidir uma reunião do comitê governamental de reação a crises.

Outra reunião está marcada para quarta-feira. Cameron também convocou o Parlamento em meio ao seu recesso de verão, o que é raro.

O primeiro-ministro disse que 16 mil policiais estarão nas ruas na terça-feira à noite. Na segunda-feira, havia 6.000, para uma população total de 7,8 milhões de habitantes na cidade.

Os distúrbios ocorrem num momento de insatisfação popular com medidas de austeridade do governo, como cortes de gastos e aumento de impostos para combater o déficit orçamentário público, e a menos de um ano do início das Olimpíadas de Londres em 2012. As autoridades garantem que os preparativos não serão afetados.

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