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Violência na Colômbia força deslocamento de mais de 800 pessoas

Segundo a ONU, violência foi desencadeada pela disputa por áreas de tráfico de drogas, expulsando agricultores e indígenas do município rural de Cáceres

Colômbia: a violência tem continuado em algumas áreas do país apesar do acordo de paz alcançado em 2016 entre o governo e as Farc, encerrando um conflito que já durava cinco décadas (Getty Images/Reprodução)

Colômbia: a violência tem continuado em algumas áreas do país apesar do acordo de paz alcançado em 2016 entre o governo e as Farc, encerrando um conflito que já durava cinco décadas (Getty Images/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 14h44.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2018 às 14h45.

Bogotá - A violência desencadeada pela disputa de grupos criminosos por áreas de tráfico de drogas forçou mais de 800 pessoas a se deslocarem no noroeste da Colômbia, afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU).

Áreas antes controladas por guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que foram desmobilizadas no ano passado após um acordo de paz, se tornaram pontos de conflito entre grupos criminosos e o grupo rebelde Exército de Libertação Nacional (ELN).

Recentemente, agricultores mais pobres e indígenas fugiram do município rural de Cáceres, na província de Antioquia.

"Expressamos nossa preocupação sobre a persistência do deslocamento forçado de populações indígenas e de comunidades agrícolas nas áreas rurais de Cáceres, que do dia 19 de janeiro até hoje afetou ao menos 822 pessoas", disseram a Comissão de Direitos Humanos da ONU e o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) em comunicado, no domingo.

As agências da ONU também expressaram preocupação sobre o aumento no número de assassinatos na área de Bajo Cauca, sem fornecer números.

A violência tem continuado em algumas áreas da Colômbia apesar do acordo de paz alcançado em 2016 entre o governo e as Farc, encerrando um conflito que já durava cinco décadas. Agora, as Farc são um partido político.

Os grupos concorrentes estão disputando o controle da lucrativa e ilegal mineração e do cultivo da coca, ingrediente base da cocaína, além de rotas de tráfico que enviam drogas aos consumidores, principalmente nos Estados Unidos e na Europa.

 

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