Soldado em local de explosão no Iraque: grande maioria das vítimas era de civis (Azhar Shallal/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2014 às 11h01.
Bagdá - Os atos de violência e terrorismo em julho deixaram 1.737 iraquianos mortos e outros 1.978 feridos no Iraque, informou a missão da ONU no país (Unami).
Em comunicado, a organização explicou que, entre as vítimas fatais, a grande maioria (1.186) eram civis, e também entre os feridos (1.511).
Foram 551 membros das forças de segurança, incluídos os dos corpos de elite e as tropas curdas, perderam a vida e 467 foram feridos.
"Preocupa-me o aumento das mortes no Iraque, em particular de civis. Crianças e mulheres são as mais vulneráveis. Todas as partes devem garantir que os civis sejam protegidos e o respeita ao direito internacional humanitário", assinalou o representante especial da ONU para o Iraque, Nickolay Mladenov.
Apesar dos confrontos armados e atentados "os políticos demonstraram que podem trabalhar juntos", disse, sobre a recente eleição do novo presidente, Fouad Massoum, e do novo chefe do parlamento, Selim al Jabouri.
"É hora de avançarem para criar um novo governo que possa abordar as causas da violência no Iraque e garanta um desenvolvimento equitativo de todas as comunidades", afirmou Mladenov.
Bagdá foi a província onde mais civis morreram em julho (415 mortos e 620 feridos), seguida de Saladino, (305 mortos e 289 feridos), e Ninawa (209 mortos e 270 feridos).
A Unami não incluiu nesses números as vítimas da operação lançada pelas forças do governo desde janeiro na província de Al-Anbar, onde só na cidade de Faluja morreram 132 pessoas em julho.
No resto do país foram registrados pelo menos 400 incidentes, entre eles 62 bombardeios, 30 atentados com carro-bomba e 72 explosões de artefatos explosivos.
O número de vítimas pela violência no Iraque é inferior à registrada em junho, quando aumentou drasticamente com 2.417 mortos, e superior à de maio, quando foram contabilizadas 800 vítimas fatais.
Desde junho o grupo extremista Estado Islâmico (EI) e outros grupos insurgentes sunitas tomaram importantes áreas do Iraque, como a cidade de Mossul, e enfrentam as forças leais ao governo do xiita Nuri al-Maliki e as tropas curdas.