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Violência deixa ao menos três mortos no leste do Egito; confrontos continuam

A agitação em Ismailia, no leste do país, começou quando os cidadãos saíram às ruas para protestar contra a violência usada por militares contra os civis no Cairo

Manifestante atira lata de gás lacrimogêneo que foi jogada pela polícia, perto da Praça Tahrir (Reuters)

Manifestante atira lata de gás lacrimogêneo que foi jogada pela polícia, perto da Praça Tahrir (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2011 às 05h52.

Cairo - Pelo menos três manifestantes morreram nesta segunda-feira à noite em Ismailia, no leste do Egito, em choques contra as forças de segurança do país, enquanto os enfrentamentos continuam nesta terça-feira nas imediações do Ministério do Interior, no Cairo.

Segundo a agência de notícias estatal Mena, outros 60 manifestantes ficaram feridos nesses choques em Ismailia, cidade situada junto ao Canal de Suez.

A agitação civil em Ismailia começou nesta segunda-feira, quando os cidadãos saíram às ruas para protestar contra a violência usada pelas forças de segurança contra os manifestantes no Cairo e para pedir a renúncia da Junta Militar e a transferência do poder a uma autoridade civil.

Enquanto isso, na capital, pelo menos 20 pessoas ficaram feridas nesta terça-feira, a maioria por disparos de balas de borracha no rosto e pelos efeitos do gás lacrimogêneo, perto da praça Tahrir e do Ministério do Interior, onde se concentram os confrontos, disseram fontes médicas à agência 'Mena'.

A Agencia Efe constatou a chegada de reforços policiais às imediações do Ministério do Interior, cujos acessos estão interditados por barreiras de agentes da tropa de choque, mobilizada para conter uma manifestação contra a Junta Militar convocada para esta terça-feira em todo o país.

Os policiais continuam nesta terça-feira disparando gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que respondem atirando pedras na rua Muhamad Mahmoud, onde fica a Universidade Americana.

Na noite passada, os manifestantes cantavam palavras de ordem como 'Liberdade, liberdade', 'Egito, Egito' e 'O povo quer a queda do marechal', em referência ao chefe da Junta Militar, marechal Hussein Tantawi.

Com as novas vítimas, já chega a 26 o número de mortos nos incidentes iniciados no sábado, enquanto são milhares os feridos pelos enfrentamentos entre Polícia e manifestantes, que não cessaram a mobilização, apesar da renúncia do governo transitório do primeiro-ministro Essam Sharaf anunciada nesta segunda-feira.

O Conselho Supremo das Forças Armadas ainda não se pronunciou se aceita ou rejeita a renúncia do Executivo.

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