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Vice-primeiro-ministro do Egito renuncia

Saída de Yehia el-Gamal era uma das principais reivindicações em protestos que ocorrem deste sexta-feira na praça Tahrir

Cidade de Sharm El Sheikh, no Egito: premiê prometeu remodelação do governo (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Cidade de Sharm El Sheikh, no Egito: premiê prometeu remodelação do governo (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 17h00.

Cairo - O vice-primeiro-ministro egípcio, Yehia el-Gamal, renunciou nesta terça-feira, como anunciou o chefe do Governo egípcio, Essam Sharaf, na sua página do Facebook, na qual explicou que já aceitou a renúncia do "número dois" de seu Executivo.

A saída do Gamal do gabinete era uma das principais reivindicações dos manifestantes que desde sexta-feira voltaram a tomar a praça Tahrir do Cairo para reivindicar mais rapidez nas reformas.

"Aceito a renúncia do médico Yehia el-Gamal como vice-primeiro-ministro", é o que diz o breve comunicado com o qual Sharaf anunciou a notícia que os observadores esperavam após a alocução desde a segunda-feira à noite.

Sharaf acrescentou que "a mudança de Governo não é um objetivo em si mesmo, mas um ponto de partida do qual sairá um conjunto de passos positivos e tangíveis".

Nesse discurso transmitido pela TV à nação, Sharaf prometeu uma remodelação de seu Governo dentro de uma semana, a fim de "preservar a revolução", diante da crescente pressão dos manifestantes de Tahrir, que nesta terça-feira convocaram um novo protesto que acaba de começar.

Com sua alocução, Sharaf respondeu várias das reivindicações que voltaram a levar à rua milhares de egípcios desde sexta-feira, principalmente no Cairo, Alexandria e Suez, embora não tenha fornecido detalhes sobre quais seriam os ministérios afetados pela remodelação.

Os manifestantes, centenas dos quais permanecem acampados em Tahir, pediam com insistência a renúncia de Gamal e a do atual ministro do Interior, Mansour el-Essawy.

Além disso, Sharaf prometeu mudar aos governadores do país antes do final de julho, e afirmou que encarregou o Ministério do Interior separar em um prazo máximo de 15 dias aos policiais envolvidos em crimes contra os manifestantes nos 18 dias da revolução, que obrigou a renunciar ao ex-presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro.

Outra das promessas do primeiro-ministro já tinha sido realizada nesta terça-feira com a ordem pelo Conselho Supremo de Justiça de permitir o acesso ao público e de transmitir por telas os processos contra altos cargos do regime de Mubarak acusados de corrupção e assassinato de manifestantes.

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