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Venezuelanos voltam às ruas após levante militar fracassado

As manifestações populares deste 1º de Maio já tinham sido convocadas tanto pelo governo de Nicolás Maduro como pelos seus opositores

Juan Guaidó lidera protestos em Caracas, Venezuela, contra o governo de Nicolás Maduro, dia 30/04/2019 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Juan Guaidó lidera protestos em Caracas, Venezuela, contra o governo de Nicolás Maduro, dia 30/04/2019 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de maio de 2019 às 12h07.

Caracas - Dezenas de venezuelanos começaram a concentrar-se nesta quarta-feira em várias áreas de Caracas e do interior do país, um dia depois do fracassado levante militar liderado pelo chefe do parlamento, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por cerca de 50 países.

As manifestações populares deste 1º de Maio já tinham sido convocadas tanto pelo governo de Nicolás Maduro como pelos seus opositores, mas se viram estimuladas pelos acontecimentos desta terça-feira, quando milhares de pessoas participaram de protestos para respaldar a insurreição de um pequeno grupo de militares em Caracas.

A expectativa é que Maduro faça um discurso ao final da marcha que seus apoiadores farão pelo oeste da capital venezuelana.

Guaidó, por sua parte, continua em paradeiro desconhecido, mas reiterou sua convocação para que o povo se manifeste nesta quarta-feira nas ruas pelo fim da "usurpação", que é como denomina o governo de Maduro.

Enquanto isso, o opositor Leopoldo López permanece dentro da residência do embaixador espanhol na Venezuela, Jesús Silva, aonde chegou ontem à noite para solicitar proteção depois de ter fugido de sua casa, na qual cumpria uma condenação de quase 14 anos em regime de prisão domiciliar.

Algumas ruas e avenidas de Caracas mostram nesta quarta-feira escombros e outros danos deixados pelas manifestações de ontem, que se estenderam durante 12 horas e acabaram com cerca de 80 feridos, entre eles oito funcionários das forças de segurança leais a Maduro.

A rota da mobilização opositora desta quarta-feira em Caracas continua sendo desconhecida, mas se presume que tente atravessar para o oeste da cidade, um território considerado bastião do chavismo governante e ao qual foi impossível chegar ontem devido aos bloqueios impostos nas vias pela polícia.

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