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Venezuelanos lotam lojas atrás de desconto

Governo determinou uma redução de até 50% nos preços dos artigos por considerar que foram aumentados de forma irregular

Venezuelanos carregam eletrodomésticos em Caracas, 9 de novembro de 2013 (Afp.com / JUAN BARRETO)
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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2013 às 16h33.

Caracas - Centenas de venezuelanos lotaram neste sábado as lojas de uma das maiores redes de eletrodomésticos, alvo de intervenção do governo, que determinou uma redução de até 50% nos preços dos artigos por considerar que foram aumentados de forma irregular, constatou a AFP.

Desde a madrugada, em alguns casos desde a tarde de sexta-feira, uma multidão de venezuelanos se concentrou nos arredores das lojas da rede Daka, duas em Caracas e três no interior, para comprar aparelhos de televisão, geladeiras, liquidificadores, ferros de passar, entre outros artigos domésticos, observou a AFP durante visita aos estabelecimentos.

Na noite de sexta-feira, em discurso público transmitido por rádio e TV de forma obrigatória, o presidente Nicolás Maduro anunciou que a rede Daka havia sido alvo de intervenção e sancionada por aumentar seus preços de forma irregular, e que os artigos seriam postos à venda com preços reduzidos.

"Cheguei ontem à noite após escutar Maduro. Acho justo, há bom atendimento na loja e a Guarda Nacional controla a entrada" de consumidores, disse à AFP Flavio García, morador do bairro popular Petare, em Caracas, que comprou quatro artigos.

As lojas são vigiadas por homens da Guarda Nacional desde a noite de sexta, enquanto os funcionários do local, que se negaram a dar declarações à imprensa, faziam listas de espera para organizar o acesso dos clientes.

Segundo informes da imprensa local, na loja da cidade de Valencia, terceira do país, situada 170 km a oeste de Caracas, houve um início de confusão quando homens quebraram uma vidraça e quiseram levar os produtos sem pagar, mas foram detidos pela Guarda Nacional e a ordem foi restabelecida.

A intervenção em Daka ocorreu após uma inspeção governamental determinada na quarta-feira pelo presidente para combater - segundo o governo - uma "guerra econômica" que seria organizada pela oposição e o setor privado com supostos vínculos com grupos de extrema-direita de Estados Unidos e da Colômbia.

Esta rede, segundo o governo, tem acesso a dólares com o câmbio oficial de 6,30 bolívares, mas seus preços eram muito superiores quando convertidos na moeda nacional. A Venezuela estabelece um controle cambiário que gerou um mercado negro em que o dólar supera em mais de oito vezes a taxa oficial.

O país importa a grande maioria dos artigos e alimentos que consome.

Os gerentes das lojas Daka foram detidos na sexta-feira e serão iniciadas também ações contra os proprietários, segundo comunicado do governo.

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Caracas - Centenas de venezuelanos lotaram neste sábado as lojas de uma das maiores redes de eletrodomésticos, alvo de intervenção do governo, que determinou uma redução de até 50% nos preços dos artigos por considerar que foram aumentados de forma irregular, constatou a AFP.

Desde a madrugada, em alguns casos desde a tarde de sexta-feira, uma multidão de venezuelanos se concentrou nos arredores das lojas da rede Daka, duas em Caracas e três no interior, para comprar aparelhos de televisão, geladeiras, liquidificadores, ferros de passar, entre outros artigos domésticos, observou a AFP durante visita aos estabelecimentos.

Na noite de sexta-feira, em discurso público transmitido por rádio e TV de forma obrigatória, o presidente Nicolás Maduro anunciou que a rede Daka havia sido alvo de intervenção e sancionada por aumentar seus preços de forma irregular, e que os artigos seriam postos à venda com preços reduzidos.

"Cheguei ontem à noite após escutar Maduro. Acho justo, há bom atendimento na loja e a Guarda Nacional controla a entrada" de consumidores, disse à AFP Flavio García, morador do bairro popular Petare, em Caracas, que comprou quatro artigos.

As lojas são vigiadas por homens da Guarda Nacional desde a noite de sexta, enquanto os funcionários do local, que se negaram a dar declarações à imprensa, faziam listas de espera para organizar o acesso dos clientes.

Segundo informes da imprensa local, na loja da cidade de Valencia, terceira do país, situada 170 km a oeste de Caracas, houve um início de confusão quando homens quebraram uma vidraça e quiseram levar os produtos sem pagar, mas foram detidos pela Guarda Nacional e a ordem foi restabelecida.

A intervenção em Daka ocorreu após uma inspeção governamental determinada na quarta-feira pelo presidente para combater - segundo o governo - uma "guerra econômica" que seria organizada pela oposição e o setor privado com supostos vínculos com grupos de extrema-direita de Estados Unidos e da Colômbia.

Esta rede, segundo o governo, tem acesso a dólares com o câmbio oficial de 6,30 bolívares, mas seus preços eram muito superiores quando convertidos na moeda nacional. A Venezuela estabelece um controle cambiário que gerou um mercado negro em que o dólar supera em mais de oito vezes a taxa oficial.

O país importa a grande maioria dos artigos e alimentos que consome.

Os gerentes das lojas Daka foram detidos na sexta-feira e serão iniciadas também ações contra os proprietários, segundo comunicado do governo.

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