Venezuela e Nicarágua oferecem asilo a Snowden
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Nicarágua, Daniel Ortega, anunciaram nesta sexta-feira a disposição de conceder asilo a Edward Snowden
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2013 às 23h31.
São Paulo - Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Nicarágua, Daniel Ortega, anunciaram nesta sexta-feira, em eventos separados, a disposição de conceder asilo ao norte-americano Edward Snowden , o ex-agente da CIA responsável pela revelação de dois programas ultrassecretos de espionagem eletrônica promovidos pelos Estados Unidos.
Desde que se expôs como responsável pelos vazamentos, Snowden pediu asilo político a diversos países, inclusive Venezuela e Nicarágua.
"Na condição de chefe de Estado e de governo da República Bolivariana da Venezuela, decidi oferecer asilo humanitário ao jovem estadunidense Edward Snowden, para que possa vir a viver livre da perseguição do império", declarou Maduro em uma cerimônia para celebrar a independência venezuelana.
Snowden está foragido desde que vazou as informações sobre os programas de espionagem generalizada de cidadãos norte-americanos e estrangeiros pelos EUA, no mês passado. Em 23 de junho, ele saiu de Hong Kong com destino a Moscou e encontra-se atualmente na zona de trânsito do aeroporto internacional moscovita.
Ao anunciar a oferta de asilo humanitário, Maduro disse ter expressado "a vontade de diversos governos latino-americanos", em alusão à reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) realizada ontem na Bolívia. Na véspera, o herdeiro político de Hugo Chávez manifestou a intenção de rejeitar um pedido prévio de extradição feito pelos Estados Unidos ao Ministério das Relações Exteriores da Venezuela.
O asilo humanitário é regido por uma convenção internacional e pode ser concedido a estrangeiros em risco de perseguição em seus países de origem.
Segundo Maduro, Snowden é um "rebelde valoroso" que merece "ser protegido por humanidade". O governo dos EUA acusa Snowden de espionagem e roubo de propriedade do governo.
Em Manágua, Ortega declarou-se disposto a fazer oferta semelhante à de Maduro "se as circunstâncias assim permitirem". Segundo ele, a embaixada nicaraguense em Moscou recebeu o pedido de asilo de Snowden e está estudando o caso.
Unasul - Líderes da Unasul exigiram, em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, que França, Itália, Portugal e Espanha deem explicações sobre a suposta decisão de proibir a entrada do avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, em seus respectivos espaços aéreos durante um voo sobre a Europa.
Reunidos em Cochabamba para uma reunião extraordinária, representantes dos países latino-americanos também cobraram desculpas das nações europeias e disseram que apoiam uma queixa oficial da Bolívia junto a Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas.
E Madri, o ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, admitiu hoje que seu país e outras nações europeias receberam "informações" de que Edward Snowden estava a bordo do avião do presidente da Bolívia, Evo Morales. As informações, porém, não se confirmaram. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.
São Paulo - Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Nicarágua, Daniel Ortega, anunciaram nesta sexta-feira, em eventos separados, a disposição de conceder asilo ao norte-americano Edward Snowden , o ex-agente da CIA responsável pela revelação de dois programas ultrassecretos de espionagem eletrônica promovidos pelos Estados Unidos.
Desde que se expôs como responsável pelos vazamentos, Snowden pediu asilo político a diversos países, inclusive Venezuela e Nicarágua.
"Na condição de chefe de Estado e de governo da República Bolivariana da Venezuela, decidi oferecer asilo humanitário ao jovem estadunidense Edward Snowden, para que possa vir a viver livre da perseguição do império", declarou Maduro em uma cerimônia para celebrar a independência venezuelana.
Snowden está foragido desde que vazou as informações sobre os programas de espionagem generalizada de cidadãos norte-americanos e estrangeiros pelos EUA, no mês passado. Em 23 de junho, ele saiu de Hong Kong com destino a Moscou e encontra-se atualmente na zona de trânsito do aeroporto internacional moscovita.
Ao anunciar a oferta de asilo humanitário, Maduro disse ter expressado "a vontade de diversos governos latino-americanos", em alusão à reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) realizada ontem na Bolívia. Na véspera, o herdeiro político de Hugo Chávez manifestou a intenção de rejeitar um pedido prévio de extradição feito pelos Estados Unidos ao Ministério das Relações Exteriores da Venezuela.
O asilo humanitário é regido por uma convenção internacional e pode ser concedido a estrangeiros em risco de perseguição em seus países de origem.
Segundo Maduro, Snowden é um "rebelde valoroso" que merece "ser protegido por humanidade". O governo dos EUA acusa Snowden de espionagem e roubo de propriedade do governo.
Em Manágua, Ortega declarou-se disposto a fazer oferta semelhante à de Maduro "se as circunstâncias assim permitirem". Segundo ele, a embaixada nicaraguense em Moscou recebeu o pedido de asilo de Snowden e está estudando o caso.
Unasul - Líderes da Unasul exigiram, em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, que França, Itália, Portugal e Espanha deem explicações sobre a suposta decisão de proibir a entrada do avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, em seus respectivos espaços aéreos durante um voo sobre a Europa.
Reunidos em Cochabamba para uma reunião extraordinária, representantes dos países latino-americanos também cobraram desculpas das nações europeias e disseram que apoiam uma queixa oficial da Bolívia junto a Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas.
E Madri, o ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, admitiu hoje que seu país e outras nações europeias receberam "informações" de que Edward Snowden estava a bordo do avião do presidente da Bolívia, Evo Morales. As informações, porém, não se confirmaram. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.