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Venezuela condena prefeito opositor a 15 meses de prisão

Ramón Muchacho é acusado de não impedir o fechamento de vias em seu município, de onde têm surgido a grande maioria dos protestos contra Nicolás Maduro

Nicolás Maduro: Venezuela atravessa uma grave crise, com uma inflação de três dígitos, escassez de medicamentos e recessão econômica (Miraflores Palace/Reuters)
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Reuters

Publicado em 8 de agosto de 2017 às 09h31.

Caracas - O tribunal máximo da Venezuela destituiu e condenou a 15 meses de prisão o prefeito do município de Chacao, o opositor Ramón Muchacho, acusado de não impedir o fechamento de vias em seu município, de onde têm surgido a grande maioria dos protestos contra o governo de Nicolás Maduro.

Muchacho não compareceu à audiência, que se estendeu por mais de nove horas e acabou na madrugada desta terça-feira. Ele se encontra na clandestinidade desde o início do julgamento, há algumas semanas.

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O advogado de 44 anos é o quarto prefeito de oposição a ser condenado nos últimos dias pela Justiça venezuelana.

Um deles, Carlos García, está fora do país; outro, Alfredo Ramos, foi preso pelo serviço de inteligência em Caracas, e Gustavo Marcano fugiu do país.

"A Sala Constitucional do TSJ (Tribunal Superior de Justiça) condena Ramón Muchacho a 15 meses de prisão", escreveu a corte máxima no Twitter, acrescentando que durante o tempo da pena o prefeito estará impossibilitado de se apresentar para cargos de eleição popular.

A Venezuela atravessa uma grave crise, com uma inflação de três dígitos, escassez de medicamentos e recessão econômica, pela qual a oposição culpa o presidente Nicolás Maduro. Desde abril, milhões de venezuelanos têm ido às ruas protestar e os confrontos já deixaram mais de 120 mortos.

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