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Venezuela apresenta acusações formais contra opositor

Promotoria da Venezuela acusou o dirigente opositor Leopoldo López pelos crimes de instigação pública, danos à propriedade, incêndio e formação de quadrilha


	O líder da oposição da Venezuela Leopoldo López: político chamou os venezuelanos para se manifestar nas ruas de maneira pacífica
 (Jorge Silva/Reuters)

O líder da oposição da Venezuela Leopoldo López: político chamou os venezuelanos para se manifestar nas ruas de maneira pacífica (Jorge Silva/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 14h12.

Caracas - A Promotoria da Venezuela acusou nesta sexta-feira o dirigente opositor Leopoldo López pelos crimes de instigação pública, danos à propriedade, incêndio e formação de quadrilha, anunciou a titular da instituição, Luisa Ortega.

"O cidadão Leopoldo López Mendoza, economista, foi acusado pelos delitos de instigação pública, danos à propriedade e incêndio em grau de determinador (autor intelectual), além de formação de quadrilha", disse Ortega em entrevista coletiva.

López, líder do partido opositor Vontade Popular, se entregou espontaneamente às autoridades no dia 18 de fevereiro, após ser responsabilizado pessoalmente pelo presidente Nicolás Maduro pelos violentos confrontos registrados ao término de uma manifestação pacífica no dia 12 do mesmo mês. Na ocasião, três morreram no protesto.

O dirigente opositor, que se encontra detido na prisão militar de Ramo Verde, situada nos arredores de Caracas, "já foi acusado na manhã de hoje", apontou a procurador-geral.

"Agora, corresponde ao tribunal de controle fixar a oportunidade em que se vai realizar a audiência. Teremos que esperar a indicação do tribunal", acrescentou.

O partido Vontade Popular tinha convocado para hoje, um dia antes do término do prazo de 45 dias para que a Promotoria formalizasse as acusações contra López, uma manifestação até o Palácio de Justiça para exigir a libertação dele.

O político de Caracas, de 43 anos, chamou os venezuelanos para se manifestar nas ruas de maneira pacífica até conseguir a saída de Nicolás Maduro, qualificado de "ditador", para dar início a uma transição democrática no país.

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