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Venezuela anuncia prisão de 19 'mercenários' estrangeiros acusados de planejar complô contra Maduro

Detenções ocorreram no mês passado, e autoridades em Caracas afirmam que eles faziam parte de um plano que já levou ao menos quatro americanos à cadeia

Deputy of the National Assembly and Vice President of Socialist United Party of Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, speak during a press conference in Caracas on August 5, 2024. The Venezuelan opposition called on August 5, 2024, on the conscience of the military, the mainstay of President Nicolas Maduro's government, to be "on the side of the people" amid allegations of fraud in the elections held on July 28, 2024. (Photo by Juan BARRETO / AFP) ( Juan BARRETO/AFP)

Deputy of the National Assembly and Vice President of Socialist United Party of Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, speak during a press conference in Caracas on August 5, 2024. The Venezuelan opposition called on August 5, 2024, on the conscience of the military, the mainstay of President Nicolas Maduro's government, to be "on the side of the people" amid allegations of fraud in the elections held on July 28, 2024. (Photo by Juan BARRETO / AFP) ( Juan BARRETO/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 18 de outubro de 2024 às 07h48.

Última atualização em 18 de outubro de 2024 às 09h38.

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O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou nesta quinta-feira, 17, a prisão de 19 estrangeiros, chamados por ele de “mercenários”, acusados de participação em supostos planos para derrubar o ditador Nicolás Maduro. Além das detenções, que ocorreram no mês passado, Cabello confirmou a apreensão de 71 armas de fogo.

"Capturamos mais pessoas envolvidas em planos terroristas contra o país", afirmou Cabello, em entrevista coletiva

O ministro também acusou as agências de inteligência da Espanha, dos EUA, os ex-presidentes da Colômbia Álvaro Uribe e Iván Duque e a líder da oposição, María Corina Machado, de financiarem os supostos planos.

"Nada se faz sem a autorização da senhora María Corina Machado", disse. "A senhora Machado está ciente de tudo isso, mas não lhe convém dizê-lo, ela está ciente de todos os danos que se pretende causar à Venezuela".

Segundo Cabello, 14 dos detidos estão sendo processados pela Justiça, e já forneceram ”informações que nos permitiram montar todo este quebra-cabeças com as suas ligações ao tráfico de armas e a todos estes criminosos do setor político”. O ministro disse que, desde o início das investigações, foram apreendidas mais de 500 armas vindas dos EUA.

Entre os presos estão os americanos Gregory David Weber, apontado como responsável por ciberataques contra instituições estatais, David Gutenberg Guillaume, que, segundo Cabello, tinha a missão de "prestar ajuda em caso de feridos nas atividades terroristas", e Jonathan Pagan González, acusado de buscar "atentar" contra Maduro e outros altos funcionários. O ministro mencionou ainda "vários colombianos" um peruano e um libanês entre os detidos.

"A condição dos novos mercenários é que falem espanhol. Essa é a nova condição para que venham à Venezuela", disse Cabello. "O plano é a derrubada da revolução bolivariana".

Mesmo antes da contestada eleição presidencial de 28 de julho, na qual Maduro foi declarado vencedor pela Justiça, mas cujos resultados estão sendo contestados pela oposição e parte da comunidade internacional, Caracas regularmente anunciava a descoberta de supostos planos para derrubar o presidente.

Após a votação, em meio ao recrudescimento da repressão aos oposicionistas, as prisões e acusações continuaram a ser “reveladas”: no dia 14 de setembro, três cidadãos americanos, dois espanhois e um tcheco foram presos, incluindo Wilbert Josep Castañeda, "militar ativo" dos Estados Unidos e apontado como "chefe" do plano.

Dois dias mais tarde, foi confirmada a prisão de um quarto americano.

"Os americanos detidos na Venezuela estão muito bem, melhor que os que estão em Guantánamo (base militar dos EUA em Cuba), todos estes cidadãos estrangeiros têm seus direitos respeitados — afirmou Cabello nesta quinta, ao se referir aos detidos. O fim está se aproximando para os grupos extremistas e recomendamos que não tentem nada. Estamos preparados para tomar as decisões que temos que tomar".

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