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Venezuela anuncia fim do racionamento de energia

As medidas de racionamento foram adotadas por causa da pior seca que a Venezuela enfrentou em 40 anos, pelo fenômeno El Niño.


	O venezuelano Nicolás Maduro: presidente não informou se o setor público voltará a trabalhar em horário normal
 (Carlos Garcia Rawlins/REUTERS)

O venezuelano Nicolás Maduro: presidente não informou se o setor público voltará a trabalhar em horário normal (Carlos Garcia Rawlins/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2016 às 08h41.

O governo da Venezuela suspenderá a partir de segunda-feira os racionamentos de energia impostos em fevereiro, após recuperar sua reserva hidrelétrica, anunciou o presidente Nicolás Maduro.

"A partir da segunda-feira fica sem efeito o Plano de Administração de Carga (cortes do serviço) e a operação será normalizada durante as 24 horas [do dia]", destacou Maduro nesta sexta-feira, durante ato em Caracas.

As medidas de racionamento foram adotadas por causa da pior seca que a Venezuela enfrentou em 40 anos, pelo fenômeno El Niño.

Esta situação gerou uma severa crise elétrica que levou o governo a impor apagões em quase todo o país, a reduzir drasticamente a jornada de trabalho no setor público e antecipar em 30 minutos o horário oficial.

O presidente não informou se o setor público voltará a trabalhar em horário normal.

Maduro lembrou que a Venezuela esteve a "seis dias de um colapso" no sistema elétrico, mas que, com o início da temporada de chuvas, a emergência foi se dissipando.

"Recuperamos (a represa) El Guri e estamos em condições de dar um serviço elétrico que funcione de forma natural. Isto sim, atentando para a sabotagem elétrica", indicou.

Durante a crise energética, o governo denunciou um plano de sabotagem de parte da oposição, que deixou pelo menos três mortos.

As vítimas foram três homens, que morreram eletrocutados, denunciou na semana passada o ministro de Energia Elétrica, Luis Motta.

Os adversários de Maduro, que fazem campanha para um referendo revogatório, negaram as tentativas de sabotagem e culparam pela emergência o governo pela corrupção e a falta de manutenção da infraestrutura.

Além do fim dos racionamentos, o chefe de Estado anunciou um plano para substituir dois milhões de aparelhos de ar condicionado por sistemas similares que gastem menos energia.

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