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Venezuela ameaça retaliar EUA se for sancionada

Até agora, os EUA não reconheceram os resultados oficiais das eleições, que deram a vitória a Nicolás Maduro


	O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Elias Jaua: "Se os EUA recorrerem ao expediente de sanções econômicas, ou de qualquer outra índole, nós vamos tomar medidas", alertou
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Elias Jaua: "Se os EUA recorrerem ao expediente de sanções econômicas, ou de qualquer outra índole, nós vamos tomar medidas", alertou (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 06h36.

Caracas - A Venezuela intensificou seus ataques contra os Estados Unidos nesta segunda-feira ao ameaçar tomar medidas de retaliação se Washington recorrer a sanções sobre a eleição presidencial do país.

"Se os Estados Unidos recorrerem ao expediente de sanções econômicas, ou de qualquer outra índole, nós vamos tomar medidas de ordem comercial, energética, econômica e política que considerarmos necessárias", alertou o ministro de Relações Exteriores, Elias Jaua, em uma entrevista televisiva feita em Guayaquil, no Equador.

Jaua também afirmou que a Venezuela responsabiliza os EUA pela violência pós-eleitoral que matou oito pessoas, acusando o país de apoiar o candidato da oposição Henrique Capriles.

Os comentários de Jaua foram feitos depois que uma alta funcionária do Departamento de Estado dos EUA pediu que a Venezuela recontasse os votos da eleição de 14 de abril para dar confiança no resultado, segundo uma reportagem da rede CNN em espanhol.

Até agora, os EUA não reconheceram os resultados oficiais das eleições, que deram a vitória a Nicolás Maduro. A secretária-assistente de Estado dos EUA, Roberta Jacobson, disse no fim de semana, segundo a CNN, que o conselho eleitoral venezuelano se precipitou em proclamar Maduro com vencedor.

Ela também declarou, de acordo com a rede de notícias, que metade dos venezuelanos não confiava no resultado. Questionada se os EUA iriam impor sanções se a Venezuela se recusasse a fazer uma recontagem de votos, Jacobson não respondeu nem que sim, nem que não. As informações são da Dow Jones.

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