Alemanha: as informações sobre a vacina britânica devem ser examinadas nesta sexta-feira pelo órgão regulador europeu, que deve autorizá-la. (Anthony Devlin/Getty Images)
AFP
Publicado em 28 de janeiro de 2021 às 12h35.
Última atualização em 28 de janeiro de 2021 às 12h58.
A comissão de vacinação alemã afirmou, nesta quinta-feira (28), que recomenda a vacina contra a covid-19 do laboratório britânico AstraZeneca unicamente para pessoas com menos de 65 anos, em razão da falta de dados sobre sua eficácia em idosos.
"A vacina contra covid-19 da AstraZeneca é atualmente recomendada apenas para pessoas com idade entre 18 e 64 anos", escreveu a Comissão de Vacinação (STIKO) em um documento consultado pela AFP.
Este parecer especifica que "os dados atualmente disponíveis são insuficientes para avaliar a eficácia das vacinas em pessoas com mais de 65 anos".
Fora esta exceção, a vacina AstraZeneca, desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford, é considerada "tão adequada" para a proteção contra a covid-19 quanto aquelas desenvolvidas pelos laboratórios BioNTech/Pfizer e Moderna, que já foram aprovadas pela União Europeia.
As informações sobre a vacina britânica devem ser examinadas nesta sexta-feira pelo órgão regulador europeu, que deve autorizá-la. Cada Estado-membro fica livre para emitir suas recomendações sobre o uso da vacina.
A STIKO é responsável pela gestão das campanhas de vacinação na Alemanha. Dois meios de comunicação alemães questionaram a eficácia da vacina AstraZeneca para pessoas com mais de 65 anos de idade.
Esses questionamentos foram rejeitadas pelo laboratório e pelo governo alemão, que afirmou que os veículos em questão haviam misturado os dados.
O CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, reconheceu, porém, que há "um volume limitado de dados sobre a população idosa" e considerou "possível" que alguns países prefiram não administrá-la a essa faixa da população por enquanto.
De acordo com a AstraZeneca, a vacina tem 70% de eficácia (contra 90% da Pfizer/BioNTech e Moderna), resultado validado pela revista científica The Lancet.