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Usinas eólicas alcaçam capacidade instalada de 2,5 gigawatts

Do total, o equivalente a 1,3 GW é resultado de incentivos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa)

Energia eólica: em média, 7,5 milhões de brasileiros receberam, por mês, a energia gerada pela fonte eólica em 2012. (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo – A capacidade eólica brasileira instalada em seus 108 parques alcançou 2,5 gigawatts (GW) no ano de 2012, crescimento de 73% em relação a 2011, segundo o balanço anual divulgado hoje (15) pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Com isso, esse tipo de energia respondeu, no ano passado, por 2% da matriz elétrica do país.

Do total, o equivalente a 1,3 GW é resultado de incentivos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), primeira fase de implantação da energia no país; e 1,2 GW compõe o Leilão de Reserva (LER 2009), que corresponde a uma segunda fase. Segundo a Abeeólica, 622 megawatts (MW) que fazem parte da segunda fase estão fora de operação, sem linha de transmissão, em dois parques localizados no Rio Grande do Norte e dois na Bahia.

Em média, 7,5 milhões de brasileiros receberam, por mês, a energia gerada pela fonte eólica em 2012. Essa média considera residências de famílias com três moradores. Até o final deste ano, a expectativa da Abeeólica é que a capacidade instalada em todo o país chegue a 6,05 GW, alcançando até 2017 os 8,8 GW.

O Fator de Capacidade (FC) da fonte eólica em 2012, que é a proporção entre a geração efetiva das usinas e a sua capacidade total, foi 33% na média. Entre as usinas de primeira fase, a média foi 27%, enquanto na segunda fase, o percentual subiu para 54%.

A presidenta executiva da Abeeólica, Elbia Melo, disse que fatores como o avanço tecnológico dos aerogeradores, o modelo de leilão competitivo e o melhor entendimento do Brasil sobre aproveitamento dos ventos foram as principais razões para o aumento do desempenho das usinas de segunda fase.

Enquanto os primeiros parques eólicos utilizam aerogeradores de 600 quilowatt (kW) e têm 48 metros de altura, os mais novos usam equipamentos com potência de 3 MW e altura de 100 metros. Os aerogeradores transformam a energia eólica em energia elétrica.


“Isso mostra o quanto nós estamos com um modelo de gestão eficiente de energia eólica e acaba desmistificando aquilo que se dizia no passado, de que a fonte eólica é instável, que não contribui para o sistema”, declarou.

A geração realizada pelos parques eólicos bateu recorde histórico em outubro, chegando a 771 MW em média. “Foi justamente esse período que o sistema estava precisando, porque nós estávamos esperando o período úmido para encher os reservatórios e isso não aconteceu, houve um atraso das chuvas. No momento em que estava seco, a eólica gerou e contribuiu para o sistema. Isso é muito interessante, isso demonstra a complementaridade entre as fontes hidrelétrica e eólica”, disse Elbia.

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São Paulo – A capacidade eólica brasileira instalada em seus 108 parques alcançou 2,5 gigawatts (GW) no ano de 2012, crescimento de 73% em relação a 2011, segundo o balanço anual divulgado hoje (15) pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Com isso, esse tipo de energia respondeu, no ano passado, por 2% da matriz elétrica do país.

Do total, o equivalente a 1,3 GW é resultado de incentivos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), primeira fase de implantação da energia no país; e 1,2 GW compõe o Leilão de Reserva (LER 2009), que corresponde a uma segunda fase. Segundo a Abeeólica, 622 megawatts (MW) que fazem parte da segunda fase estão fora de operação, sem linha de transmissão, em dois parques localizados no Rio Grande do Norte e dois na Bahia.

Em média, 7,5 milhões de brasileiros receberam, por mês, a energia gerada pela fonte eólica em 2012. Essa média considera residências de famílias com três moradores. Até o final deste ano, a expectativa da Abeeólica é que a capacidade instalada em todo o país chegue a 6,05 GW, alcançando até 2017 os 8,8 GW.

O Fator de Capacidade (FC) da fonte eólica em 2012, que é a proporção entre a geração efetiva das usinas e a sua capacidade total, foi 33% na média. Entre as usinas de primeira fase, a média foi 27%, enquanto na segunda fase, o percentual subiu para 54%.

A presidenta executiva da Abeeólica, Elbia Melo, disse que fatores como o avanço tecnológico dos aerogeradores, o modelo de leilão competitivo e o melhor entendimento do Brasil sobre aproveitamento dos ventos foram as principais razões para o aumento do desempenho das usinas de segunda fase.

Enquanto os primeiros parques eólicos utilizam aerogeradores de 600 quilowatt (kW) e têm 48 metros de altura, os mais novos usam equipamentos com potência de 3 MW e altura de 100 metros. Os aerogeradores transformam a energia eólica em energia elétrica.


“Isso mostra o quanto nós estamos com um modelo de gestão eficiente de energia eólica e acaba desmistificando aquilo que se dizia no passado, de que a fonte eólica é instável, que não contribui para o sistema”, declarou.

A geração realizada pelos parques eólicos bateu recorde histórico em outubro, chegando a 771 MW em média. “Foi justamente esse período que o sistema estava precisando, porque nós estávamos esperando o período úmido para encher os reservatórios e isso não aconteceu, houve um atraso das chuvas. No momento em que estava seco, a eólica gerou e contribuiu para o sistema. Isso é muito interessante, isso demonstra a complementaridade entre as fontes hidrelétrica e eólica”, disse Elbia.

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