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Uruguai soltará enfermeiros acusados de matar pacientes

A Justiça uruguaia afirmou que resolveu soltar por falta de provas dois enfermeiros que foram presos acusados de assassinar 15 pacientes em estado terminal


	Hospital: a investigação começou por suspeitas e rumores que nunca foram comprovados, disse juíza
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Hospital: a investigação começou por suspeitas e rumores que nunca foram comprovados, disse juíza (.)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 17h24.

Montevidéu - A Justiça uruguaia afirmou nesta quinta-feira que resolveu soltar por falta de provas dois enfermeiros que foram presos acusados de assassinar 15 pacientes em estado terminal injetando ar e substâncias não autorizadas para acelerar a morte.

Em março de 2012, Marcelo Pereira e Alfredo Acevedo foram denunciados por homicídio com agravantes depois de terem sido acusados por um colega, num caso que causou comoção no país.

As mortes ocorreram no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital da Associação Espanhola, onde ambos trabalhavam, e no Hospital Maciel, onde apenas Pereira trabalhava.

Em julho de 2013, o Ministério Público havia pedido condenações de 16 anos de prisão para Pereira e de 14 anos para Acevedo.

Contudo, a juíza do caso, Dolores Sánchez, decidiu absolver os dois por considerar que durante todo o processo não foi apresentada nenhuma prova que demonstrasse a responsabilidade deles nas mortes dos pacientes.

No veredicto, visto pela Reuters, Sánchez explicou que a investigação começou por suspeitas e rumores que nunca foram comprovados.

"Ninguém os viu efetuar nenhum procedimento anormal, nem pronunciar a morte a paciente algum, nem no Hospital Maciel, nem na Associação Espanhola foi notado um aumento significativa de mortos no CTI onde trabalhavam", disse a juíza na sua decisão.

O advogado de defesa de Pereira, Humberto Teske, disse à Reuters que analisará pedir um ressarcimento para seu cliente: "Depois de três anos na prisão, ele quer estar com sua família. Ele não sabe o que vai fazer, ou onde vai trabalhar porque ficou estigmatizado".

O Ministério Público, no entanto, vai apelar contra a decisão de absolvição.

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