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Uruguai se prepara para cultivar e vender maconha

O Uruguai deu em agosto um passo para a legalização da maconha


	Cultivo de maconha em Montevidéu: objetivo do governo de José Mujica é tirar o narcotráfico do mercado
 (AFP)

Cultivo de maconha em Montevidéu: objetivo do governo de José Mujica é tirar o narcotráfico do mercado (AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2013 às 15h55.

Montevidéu: O governo uruguaio prepara a regulamentação para poder cultivar e colher cânabis no próximo ano, e planeja vendê-la ao público a um dólar o grama, assim que o Senado aprovar a sua legalização.

O secretário-geral da Junta Nacional de Drogas, Julio Calzada, afirmou ao jornal El País que esse sistema deve começar a funcionar a partir do segundo semestre de 2014.

Apesar de a lei que legalizará a plantação e a legalização de maconha no Uruguaia ainda deva ser aprovada no Senado, o Executivo já está trabalhando na regulamentação e implementação da norma, explicou Calzada.

A iniciativa prevê três formas de ter acesso à droga: o cultivo pessoal (com limite de seis plantas), o cultivo em clubes de associados (entre 15 e 45 sócios e um número de plantas proporcional, com um máximo de 99) e o acesso através das farmácias, com um limite de 40 gramas mensais por usuário.

Todos deverão ser registrados em um banco de dados e a compra em farmácias será limitada aos maiores de idade residentes no país.

O Uruguai deu em agosto um passo para a legalização da maconha, depois que a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que, se for aprovado pelo Senado em novembro, fará do Estado uruguaio o primeiro no mundo a assumir o controle de todo o processo de produção e venda da droga.

O projeto de lei -lançado em junho de 2012 como parte de uma série de medidas para combater o aumento da violência- estipula que o Estado assuma o controle e a regulação da importação, do plantio, do cultivo, da colheita, da produção, da aquisição, do armazenamento, da comercialização e da distribuição de maconha e seus derivados.

O objetivo do governo de José Mujica é tirar o narcotráfico do mercado, alegando que a guerra direta contra as drogas fracassou, postura defendida pela Comissão Global de Política de Drogas.

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