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Uribe acusa agência de espionagem britânica de "armação" contra ele

Ex-presidente da Colômbia renunciou à sua cadeira no Senado para enfrentar uma investigação de suborno e fraude da Suprema Corte

Uribe: "Existem acusações repetidas de que gravações foram feitas pela agência britânica MI6, amigos de Juan Manuel Santos" (Chip Somodevilla/Getty Images/Getty Images)

Uribe: "Existem acusações repetidas de que gravações foram feitas pela agência britânica MI6, amigos de Juan Manuel Santos" (Chip Somodevilla/Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 25 de julho de 2018 às 20h46.

Bogotá - O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe acusou o presidente Juan Manuel Santos e a agência de espionagem britânica MI6 de participarem de um complô contra ele nesta quarta-feira, um dia depois de renunciar à sua cadeira no Senado para enfrentar uma investigação de suborno e fraude da Suprema Corte.

Uribe, mentor do próximo presidente da Colômbia, Iván Duque, está sendo investigado pelo tribunal por causa de alegações de que fez acusações falsas e interferiu com testemunhas em um caso que ele mesmo iniciou ao fazer acusações semelhantes contra um senador de esquerda.

Conhecido pela rigidez de sua repressão militar a guerrilhas marxistas durante seu governo, entre 2002 e 2010, Uribe citou no Twitter o que disse serem alegações de que gravações do caso foram feitas pelo MI6, o serviço secreto de inteligência do Reino Unido.

"Existem acusações repetidas de que gravações foram feitas pela agência britânica MI6, amigos de Juan Manuel Santos. Autoridades estrangeiras em uma armação contra mim", disse Uribe.

Ele não especificou as gravações às quais se referiu ou a fonte das acusações. Em um comunicado emitido na terça-feira, porém, a Suprema Corte fez menção a telefonemas interceptados entre um advogado e uma ex-autoridade que disse terem tramado para minar o caso contra Uribe.

Uma porta-voz da secretaria de Relações Exteriores do Reino Unido não quis comentar o tuíte de Uribe. O MI6, que presta contas ao chanceler britânico, Jeremy Hunt, não respondeu a pedidos de comentário.

A porta-voz de Santos tampouco quis comentar. O atual líder colombiano foi um aliado próximo de Uribe, mas os dois romperam devido a um processo de paz com rebeldes marxistas que resultou em um acordo assinado por Santos em 2016 para acabar com a revolta de cinco décadas.

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