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Universidade Johns Hopkins demite mais de 2 mil funcionários após corte de Trump

Considerada uma das mais importantes instituições de pesquisa científica do mundo, universidade precisou encerrar cargos em 44 países após suspensão de US$ 800 milhões de financiamento federal

Cortes de Trump: universidade Johns Hopkins demite 2 mil funcionários (Andrew Harnik/AFP)
Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 14 de março de 2025 às 07h37.

A prestigiosa Universidade Johns Hopkins anunciou nesta quinta-feira que está sendo forçada a demitir mais de 2 mil funcionários após o corte maciço do governo de Donald Trump no financiamento da ajuda externa americana.

“Este é um dia difícil para toda a nossa comunidade. O encerramento de mais de US$ 800 milhões em verbas da USAID está nos forçando a encerrar um trabalho essencial aqui em Baltimore e internacionalmente”, disse a escola, uma importante instituição de pesquisa científica, em um comunicado.

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A Hopkins, sediada na maior cidade de Maryland, a uma hora de carro ao norte da capital dos EUA, está eliminando mais de 2 mil cargos: 1.975 em projetos em 44 países e 247 empregos nos Estados Unidos.

Impactos nas áreas de saúde e pesquisa

Os cortes afetam vários programas importantes, incluindo a escola de medicina e a escola de saúde pública da universidade, e a Jhpiego, uma organização global de saúde sem fins lucrativos fundada na universidade há mais de 50 anos e que trabalha para melhorar a saúde em países do mundo todo.

“A Johns Hopkins está imensamente orgulhosa do trabalho realizado por nossos colegas da Jhpiego, da Bloomberg School of Public Health e da School of Medicine para cuidar de mães e bebês, combater doenças, fornecer água potável e promover inúmeros outros esforços críticos que salvam vidas em todo o mundo”, disse a universidade.

Redução do financiamento federal e consequências

Os cortes fazem da Johns Hopkins uma das universidades mais profundamente afetadas pela redução do financiamento federal para pesquisa.

A universidade recebe cerca de US$ 1 bilhão por ano em financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) e está atualmente realizando 600 testes clínicos, de acordo com o The New York Times. A Hopkins é uma das autoras em um processo federal que contesta esses cortes.

Críticas aos cortes de Trump

A Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional ( USAID ), a maior agência de financiamento da Jhpiego, distribui ajuda humanitária em todo o mundo, com programas de saúde e de emergência em cerca de 120 países.

Trump, que está desmantelando a agência humanitária, assinou uma ordem executiva em janeiro exigindo o congelamento de toda a ajuda externa dos EUA para dar tempo de avaliar as despesas no exterior. Críticos alertam que a redução do trabalho da USAID afetará milhões de pessoas.

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