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Única diferença entre Mursi e Mubarak é a barba, diz sírio

Mursi, que tem uma pequena barba, é membro da Irmandade Muçulmana, odiada pelo poder sírio

Mohamed Mursi: "A primeira vez que ouvi Mohamed Mursi dizer a verdade, foi quando declarou se sentir responsável pelo derramamento de sangue sírio", acrescentou (©AFP / -)

Mohamed Mursi: "A primeira vez que ouvi Mohamed Mursi dizer a verdade, foi quando declarou se sentir responsável pelo derramamento de sangue sírio", acrescentou (©AFP / -)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2012 às 15h13.

Damasco - A única diferença entre o presidente egípcio, Mohamed Mursi, e seu antecessor, Hosni Mubarak, é a barba, declarou nesta segunda-feira o ministro sírio do Interior, Omrane al-Zohbi, referindo-se às críticas de Mursi ao regime de Bashar al-Assad.

Mursi, que tem uma pequena barba, é membro da Irmandade Muçulmana, odiada pelo poder sírio. É o primeiro presidente islamita do Egito e foi eleito em junho, mais de um ano depois da queda do regime de Mubarak, derrubado após 18 dias de revolta popular.

Na abertura da cúpula das nações Não-Alinhadas em Teerã, em 30 de agosto, Mursi denunciou o "regime opressor sírio que perdeu sua legitimidade". Ele também expressou sua disposição em "trabalhar com todas as partes para que o sangue pare de ser derramado" na Síria, devido ao conflito provocado por uma revolta popular.

"Mesmo com Mubarak, nós consideramos o Egito, terra de civilização e história, um exemplo de nacionalismo que tem um papel importante. Mas é lamentável que após a saída de Mubarak, um outro tome o lugar tendo a barba como a única diferença", declarou Al-Zohbi.

"A primeira vez que ouvi Mohamed Mursi dizer a verdade, foi quando declarou se sentir responsável pelo derramamento de sangue sírio, como o Qatar, a Turquia e a Arábia Saudita, que também são responsáveis", acrescentou durante uma coletiva de imprensa em Damasco.

Ele também reiterou a posição do regime, segundo a qual o conflito no país não foi provocado pela repressão de uma contestação popular pacífica, mas sim por um "complô internacional". "Não entendo como podemos falar de uma revolução, quando há assassinatos e sequestros. O que acontece é uma agressão por procuração".

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