União Europeia vê etanol brasileiro como solução
Bloco pensa em comprar produto do Brasil para alcançar meta de veículos com biocombustível até 2020
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Genebra - A União Europeia (UE) terá de importar etanol do Brasil se quiser atingir a meta de ter 5,6% de sua frota de veículos movida por biocombustíveis até 2020. A conclusão é da Comissão Europeia, que, em seu mais completo estudo sobre o tema, divulgado ontem, concluiu que a Europa não tem como produzir etanol suficiente para atingir a meta.
Além disso, se a UE tentar a autossuficiência, o impacto ambiental será grave. A estimativa dos europeus é que, até 2020, a produção de etanol no Brasil dará um salto de quase 140%. Não se trata de uma decisão para começar a importar imediatamente. Mas observadores apontam que o documento é o aval que faltava para se avançar na abertura do mercado europeu ao etanol brasileiro.
Segundo o estudo, a melhor opção que a UE tem hoje para se abastecer é abrir seu mercado para o Brasil. A decisão resultaria num incremento de 4 milhões de toneladas para a produção brasileira até 2020, equivalente a 15%. E, se a liberação das tarifas de importação europeias for adotada, a produção brasileira terá um aumento de 5,8 milhões de toneladas (20%).
Em 2008, os 27 países do bloco chegaram a um acordo para garantir que, em 2020, 10% do combustível seja renovável na Europa. Desse total, 5,6% viria do etanol. Isso significa que a Europa terá de consumir 17,8 milhões de toneladas a mais de etanol em dez anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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