(Agence France-Presse/AFP Photo)
AFP
Publicado em 17 de outubro de 2022 às 12h44.
Os ministros das Relações Exteriores europeus adotaram nesta segunda-feira (17) sanções a líderes e entidades no Irã, incluindo a polícia da moral, pela repressão aos protestos pela morte da jovem Mahsa Amini.
A lista dos sancionados, publicada no Diário Oficial da União Europeia, inclui a polícia da moral e o seu chefe máximo, Mohammad Rostami Cheshmeh, a Força de Resistência Basij e a Força Disciplinar, bem como funcionários, como o ministro das Telecomunicações, Issa Zarepour.
A lista também inclui Mohamad Hossein Sepher, comandante do centro de treinamento do Estado-Maior Geral das Forças Armadas, porque "supervisiona o treinamento das forças de segurança iranianas para lidar com os protestos e apoia uma linha repressiva".
Esses funcionários serão proibidos de entrar no espaço europeu e quaisquer bens que indivíduos ou entidades tenham na União Europeia serão congelados.
A ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, referiu-se à "chamada Polícia da Moral, uma palavra que não é muito adequada quando se vê os crimes que estão sendo cometidos" no país.
No final de setembro, a UE considerou "injustificável e inaceitável" o "uso generalizado e desproporcional da força" contra os manifestantes que protestavam contra a morte de Amini.
A jovem de 22 anos morreu após ser presa pela polícia de moral por violar o código de vestimenta, que impõe o uso de véu para as mulheres.
Sua morte provocou enormes protestos em várias partes do país, nos quais participaram inúmeras mulheres com a cabeça descoberta.
Por sua vez, a chefe da diplomacia sueca, Anne Linde, destacou que as sanções visam "os responsáveis pela repressão de protestos pacíficos e, principalmente, do assassinato de várias mulheres".
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