Unasul criará fundo financeiro para enfrentar crise mundial
Fundo financeiro anticíclico poderá usar recursos dos Bancos Centrais de cada país; reservas são estimadas em 500 bilhões de dólares
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2011 às 10h50.
Buenos Aires - A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) formará um fundo financeiro anticíclico regional para enfrentar a crise internacional, afirmou nesta sexta-feira o ministro argentino da Economia, Amado Boudou.
"Trabalha-se na constituição de um fundo anticíclico regional para enfrentar a crise financeira internacional", disse o ministro, que atuou como porta-voz do encontro realizado em Buenos Aires pelos titulares de Economia e da Fazenda do bloco nesta sexta-feira em Buenos Aires.
O fundo poderá se alimentar da liquidez das autoridades monetárias ou dos bancos centrais de cada país da região, cujas reservas globais são calculadas em cerca de 500 bilhões de dólares, segundo a Comissão Econômica para América Latina (Cepal).
Os mercados de ações e financeiros passam por turbulências devido a temores de que uma recessão castigue os Estados Unidos e que as nações europeias não possam pagar suas dívidas. A América do Sul também poderá sofrer as consequências.
"Os países da região encontram-se muito bem preparados para enfrentar a crise", avaliou Boudou.
No dia 24 de agosto, os chanceleres dos doze países que compõem Unasul se reunirão novamente em Buenos Aires para analisar o plano de ação que foi acordado nesta sexta pelo Conselho de Economia e Finanças, que é composto pelos ministros da área e governadores de bancos centrais.
No novo encontro, os chanceleres abordarão as propostas que visam fortalecer o comércio intra-regional e coordenar ações que permitam aos países da região manterem-se protegidos da volatilidade dos mercados financeiros internacionais.
Segundo o plano de ação, os países da Unasul deverão entrar em consenso para avançar nas medidas propostas com o objetivo de apresentá-las para sua aprovação na 4ª Reunião de Presidentes do bloco que será celebrada na Reunião Iberoamericana, em Assunção, no dia 29 de outubro.
No encontro desta sexta-feira, o ministro argentino da Economia disse que ainda falta "formar cadeias de valor, como foi feito na Argentina e no Brasil com o comércio de automóveis", de forma a aumentar o comércio na região.
Argentina e Brasil começaram sua integração nos anos 1980 com um acordo de indústrias automobilísticas.
"Avançamos na formação do Banco do Sul. A Corporação Andina de Fomento (CAF) também é uma ferramenta muito útil" para blindar financeiramente a região, disse Boudou em uma breve coletiva de imprensa no Hotel Alvear, no bairro de La Recoleta.
O fundo anticíclico será de fato a ampliação do atual Fundo Latino-Americano de Reservas (Flar), que serve como mecanismo de assistência a seus membros diante de dificuldades financeiras.
"Temos o Flar, que é uma instituição que é pequena, mas já existe, e seguramente pode ser um passo intermediário", disse Boudou.
O Flar, com sede em Bogotá, foi criado em 1978 e é formado por Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela, indicam fontes do encontro da Unasul.
"É necessário trabalhar em instituições para a América do Sul porque as instituições globais demonstraram ter uma só visão da economia mundial, como ocorreu com o Fundo Monetário, e isso não foi positivo", disse o porta-voz.
A Unasul é formada por Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Buenos Aires - A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) formará um fundo financeiro anticíclico regional para enfrentar a crise internacional, afirmou nesta sexta-feira o ministro argentino da Economia, Amado Boudou.
"Trabalha-se na constituição de um fundo anticíclico regional para enfrentar a crise financeira internacional", disse o ministro, que atuou como porta-voz do encontro realizado em Buenos Aires pelos titulares de Economia e da Fazenda do bloco nesta sexta-feira em Buenos Aires.
O fundo poderá se alimentar da liquidez das autoridades monetárias ou dos bancos centrais de cada país da região, cujas reservas globais são calculadas em cerca de 500 bilhões de dólares, segundo a Comissão Econômica para América Latina (Cepal).
Os mercados de ações e financeiros passam por turbulências devido a temores de que uma recessão castigue os Estados Unidos e que as nações europeias não possam pagar suas dívidas. A América do Sul também poderá sofrer as consequências.
"Os países da região encontram-se muito bem preparados para enfrentar a crise", avaliou Boudou.
No dia 24 de agosto, os chanceleres dos doze países que compõem Unasul se reunirão novamente em Buenos Aires para analisar o plano de ação que foi acordado nesta sexta pelo Conselho de Economia e Finanças, que é composto pelos ministros da área e governadores de bancos centrais.
No novo encontro, os chanceleres abordarão as propostas que visam fortalecer o comércio intra-regional e coordenar ações que permitam aos países da região manterem-se protegidos da volatilidade dos mercados financeiros internacionais.
Segundo o plano de ação, os países da Unasul deverão entrar em consenso para avançar nas medidas propostas com o objetivo de apresentá-las para sua aprovação na 4ª Reunião de Presidentes do bloco que será celebrada na Reunião Iberoamericana, em Assunção, no dia 29 de outubro.
No encontro desta sexta-feira, o ministro argentino da Economia disse que ainda falta "formar cadeias de valor, como foi feito na Argentina e no Brasil com o comércio de automóveis", de forma a aumentar o comércio na região.
Argentina e Brasil começaram sua integração nos anos 1980 com um acordo de indústrias automobilísticas.
"Avançamos na formação do Banco do Sul. A Corporação Andina de Fomento (CAF) também é uma ferramenta muito útil" para blindar financeiramente a região, disse Boudou em uma breve coletiva de imprensa no Hotel Alvear, no bairro de La Recoleta.
O fundo anticíclico será de fato a ampliação do atual Fundo Latino-Americano de Reservas (Flar), que serve como mecanismo de assistência a seus membros diante de dificuldades financeiras.
"Temos o Flar, que é uma instituição que é pequena, mas já existe, e seguramente pode ser um passo intermediário", disse Boudou.
O Flar, com sede em Bogotá, foi criado em 1978 e é formado por Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela, indicam fontes do encontro da Unasul.
"É necessário trabalhar em instituições para a América do Sul porque as instituições globais demonstraram ter uma só visão da economia mundial, como ocorreu com o Fundo Monetário, e isso não foi positivo", disse o porta-voz.
A Unasul é formada por Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.