Mundo

Ferry incendiado entre Grécia e Itália tem um morto

O nome e a nacionalidade do homem morto não foram revelados


	A bordo viajavam principalmente gregos (268), turcos (54), italianos (44), albaneses (22), alemães (18), suíços (10) e franceses (9), mas também havia russos, austríacos, britânicos e holandeses
 (AFP)

A bordo viajavam principalmente gregos (268), turcos (54), italianos (44), albaneses (22), alemães (18), suíços (10) e franceses (9), mas também havia russos, austríacos, britânicos e holandeses (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2014 às 15h16.

Um homem morreu neste domingo em um ferry atingido por um incêndio no canal de Otranto, entre Grécia e Itália, anunciou um porta-voz do ministério grego da Marinha Mercante e do Mar, em meio ao resgate dos 478 passageiros e tripulantes a bordo.

Um membro da equipe de resgate informou que o corpo foi recolhido por um barco patrulha para ser levado ao porto italiano de Brindisi.

As autoridades gregas revelaram que uma mulher que estava no mesmo local do ferry onde o homem morreu pôde ser socorrida.

O nome e a nacionalidade do homem morto não foram revelados.

O "Norman Atlantic", ferry de bandeira italiana fretado pela companhia grega Anek, realizava o trajeto entre a cidade grega de Patras e a italiana Ancona.

Em um boletim divulgado às 16H30 GMT (14h30 Brasília), a Marinha italiana informou que 317 dos 478 passageiros e tripulantes do ferry permaneciam a bordo.

A Marinha também revelou que o rebocador Marietta Barretta atracou no ferry, o que permitirá estabilizar o barco e acelerar a retirada das pessoas a bordo.

Uma grande operação de salvamento - que reúne barcos gregos e italianos e helicópteros - trabalhou em condições muito difíceis pela manhã, com ventos de 10 na escala de Beaufort (até 12), chuvas torrenciais, granizo e vagas de seis metros de altura, mas a situação melhorou durante a tarde.

A Marinha italiana enviou ao local três helicópteros, dois rebocadores equipados com dispositivos contra incêndios e quatro barcos patrulha, tendo o navio italiano "Europa" à frente das operações de salvamento.

Duas embarcações gregas de emergência também foram enviadas para socorrer o ferry.

Cento e cinquenta pessoas embarcaram em um barco salva-vidas e foram socorridas por outra embarcação, "O Espírito do Pireu".

"Incêndio e mar agitado"

O ferry partiu do porto de Peloponeso no sábado por volta das 15h30 GMT (13h30 de Brasília), depois fez escala em Igumenitsa (norte da Grécia) e deveria chegar a Ancona neste domingo às 15h30 GMT (13h30 de Brasília).

No entanto, por volta das 02h00 GMT deste domingo (00h00 de Brasília), quando estava no canal de Otranto, perto da pequena ilha de Othonoi, lançou um pedido de socorro devido a um incêndio a bordo, na garagem.

A bordo viajavam principalmente gregos (268), turcos (54), italianos (44), albaneses (22), alemães (18), suíços (10) e franceses (9), mas também havia russos, austríacos, britânicos e holandeses.

O jornalista grego Angelos Moschovas declarou à rede de televisão Mega TV que os rebocadores conseguiram "lançar água na balsa, o que ajudou a controlar as chamas". Os barcos de salvamento lançaram escadas aos passageiros para retirá-los e os helicópteros também resgataram pessoas presas, retirando de duas em duas.

Alguns passageiros que conversaram por telefone com os meios de comunicação gregos pareciam menos assustados com o fogo, informando sobre chamas "que diminuem", do que por sua perigosa situação em meio ao mar agitado.

"Todos estamos na ponte, estamos molhados, temos frio, tossimos por causa da fumaça, há mulheres, crianças e idosos", indicou ao mesmo canal com voz cansada um passageiro, Giorgos Styliaras.

"Nossos sapatos começaram a derreter na cabine de recepção", declarou à televisão Mega outro passageiro.

A companhia Anek não se pronunciou até o meio-dia, quando divulgou um breve comunicado no qual explicava de forma sucinta os acontecimentos, acrescentando que a evacuação seguia em andamento.

O "Norman Atlantic", propriedade da empresa italiana Visemar di Navigazione, foi construído em 2009, mede 186 metros de comprimento e pode receber 492 passageiros, segundo sites especializados. Portanto, no momento do acidente estava com sua capacidade quase completa.

O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, e seu colega italiano, Matteo Renzi, estão em contato permanente, indicou a porta-voz de Samaras.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-de-barcoCrise gregaEuropaGréciaItáliaPaíses ricosPiigs

Mais de Mundo

Trump afirma que declarará cartéis de drogas como organizações terroristas

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia